Alagoas registrou 349 novos casos de hanseníase em 2023, o que representa alta de 32,2% em comparação aos casos diagnosticados em 2022. Os dados são do Ministério da Saúde.
A hanseníase, que já foi conhecida como lepra e mal de Lázaro, é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. Se o diagnóstico e o tratamento forem tardios, poderão ocorrer sequelas físicas.
A transmissão ocorre pelo contato próximo e prolongado com pessoas doentes que não estejam em tratamento. O contágio se dá por meio da fala, tosse ou espirro.
“A pessoa doente não tratada elimina bacilos ao respirar, falar e tossir. É importante saber que a hanseníase não é hereditária e há uma resistência natural contra essa doença”, explica Clodis Tavares, coordenadora do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas por Hanseníase (Morhan) de Alagoas.
Não se transmite a hanseníase pelo aperto de mão, abraço, beijo ou relações sexuais, talheres, copos, pratos, alimentos, roupas ou piscina. Animais não transmitem a hanseníase.
Às vezes, esses sinais e sintomas não incomodam e surgem de forma lenta. Por isso, é importante ter o hábito de olhar o corpo rotineiramente.
A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito, feito nas Unidades de Saúde do SUS. O tratamento, feito com antibióticos, é denominado poliquimioterapia (PQT).
Os medicamentos são seguros e eficazes. Ainda no início do tratamento, a doença deixa de ser transmitida. Familiares, colegas de trabalho e amigos, além de apoiar o tratamento, também devem ser examinados.
É importante que os medicamentos sejam tomados regularmente. Ao final do período do tratamento, você será avaliado pelo médico e será orientado quanto aos cuidados após a alta.
Também é importante comparecer à unidade de saúde todos os meses para receber o medicamento e acompanhar a sua situação de saúde.
G1-Al