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Acidente
31/12/2023 22:00:00

Primeira cirurgia de redesignação sexual pelo SUS é realizada na Bahia


Primeira cirurgia de redesignação sexual pelo SUS é realizada na Bahia

No dia 9 de agosto de 2023, a vida da bailarina e professora de dança Yohana de Santana, então com 47 anos, passou por uma mudança marcante. Ela se submeteu a uma cirurgia que seria um marco importante para o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Yohana realizou a primeira operação para redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado da Bahia.

Passados mais de quatro meses, Yohana foi entrevistada para falar sobre sua recuperação do procedimento. Durante a entrevista, ela destacou a naturalidade e a tranquilidade com que encarou o período pós-operatório. Segundo ela, a cirurgia foi uma correção e não uma mudança, e a recuperação foi tranquila devido ao preparo psicológico e ao apoio que recebeu.

Yohana ressaltou a importância do acompanhamento psicológico e o impacto positivo que a cirurgia teve em sua saúde mental. Ela também evidenciou que a busca pela redesignação não foi apenas uma questão estética, mas sim uma mudança que contribui para seu bem-estar físico e psicológico.

A cirurgia de redesignação feita no Hupes em Salvador, também conhecido como Hospital das Clínicas, é parte de um centro de cirurgia credenciado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. O hospital espera ampliar a oferta de cirurgias de redesignação após o procedimento da Yohana, que foi seguido por um segundo procedimento realizado no final de novembro.

Além disso, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a cobrir as cirurgias de redesignação sexual. A medida representa um avanço na luta por direitos igualitários e acesso à saúde para pessoas trans e não binárias.

No entanto, a cobertura das cirurgias de redesignação sexual pelos planos de saúde ainda é tema de debate. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) alega que a cobertura não passou a ser obrigatória para os planos de saúde, enquanto a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) afirma que o processo de redesignação sexual não está incluído nos procedimentos obrigatórios.

Apesar das divergências, a realização da primeira cirurgia de redesignação sexual pelo SUS na Bahia e a decisão do STJ marcam avanços significativos no reconhecimento e garantia de direitos fundamentais para a população trans e não binária. A história de Yohana é um exemplo de superação e inspiração para outras pessoas que necessitam de procedimentos de redesignação sexual.

 
A Noticia Alagoas


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