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Mundo
28/11/2023 00:00:00

Aumento dos casos de traição leva Rússia a vigiar acadêmicos com contatos estrangeiros

Prática para coibir atos de espionagem, que era comum na era soviética, ainda persiste nos tempos atuais


Aumento dos casos de traição leva Rússia a vigiar acadêmicos com contatos estrangeiros

Na quinta-feira (16), o canal independente investigativo Mozhem Obyasnit divulgou que autoridades russas começaram a coletar dados pessoais de acadêmicos locais que mantêm contato com estrangeiros. A medida foi comparada à prática da extinta União Soviética em meio à Guerra Fria, período em que contatos entre russos e pessoas de fora do bloco socialista eram rigorosamente monitorados pelo Estado, segundo informações do site The Moscow Times.

A ação do Kremlin coincide com o aumento alarmante, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), nas prisões por traição e espionagem na Rússia desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

A noticia veio à tona no mesmo dia em que o Ministério da Educação e Ciência enviou uma carta às universidades, conforme relatado pelo Mozhem Obyasnit, exigindo o preenchimento de formulários para estudantes e acadêmicos que participaram de eventos científicos internacionais em 2023.

Um formulário anexo solicita informações detalhadas sobre quem esteve presente em congressos internacionais e eventos de exposição organizados ou envolvendo instituições acadêmicas ou científicas russas.

Após confirmar a autenticidade da carta, o Mozhem Obyasnit ouviu um funcionário da pasta. Embora o Ministério não tenha se pronunciado oficialmente sobre o processo de coleta de dados mencionado, a fonte, sob condição de anonimato, afirmou que já enfrentou “tarefas semelhantes no passado”, mas destacou que esta é a primeira vez que lida com listas desta magnitude.

Segundo estima o funcionário, o Ministério da Educação e Ciência da Rússia pode vir a reunir informações de “dezenas de milhares, se não centenas de milhares” de acadêmicos até o prazo fixado, de 22 de dezembro.

Além de restringir “contatos inadequados” e viagens internacionais, a lista ministerial poderia servir como meio de recrutamento de agentes pelos serviços de inteligência russos, acrescentou o informante.

Ele confirmou que essa prática soviética, onde acadêmicos são enviados ao exterior para envolvimento em trabalhos secretos ilegais, seja como estudantes ou imediatamente após, ainda se mantém ativa.

Um formulário anexo solicita informações detalhadas sobre quem esteve presente em congressos internacionais e eventos de exposição organizados ou envolvendo instituições acadêmicas ou científicas russas.

Após confirmar a autenticidade da carta, o Mozhem Obyasnit ouviu um funcionário da pasta. Embora o Ministério não tenha se pronunciado oficialmente sobre o processo de coleta de dados mencionado, a fonte, sob condição de anonimato, afirmou que já enfrentou “tarefas semelhantes no passado”, mas destacou que esta é a primeira vez que lida com listas desta magnitude.

Segundo estima o funcionário, o Ministério da Educação e Ciência da Rússia pode vir a reunir informações de “dezenas de milhares, se não centenas de milhares” de acadêmicos até o prazo fixado, de 22 de dezembro.

Além de restringir “contatos inadequados” e viagens internacionais, a lista ministerial poderia servir como meio de recrutamento de agentes pelos serviços de inteligência russos, acrescentou o informante.

Ele confirmou que essa prática soviética, onde acadêmicos são enviados ao exterior para envolvimento em trabalhos secretos ilegais, seja como estudantes ou imediatamente após, ainda se mantém ativa.

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