Prédio Centenário em União dos Palmares pode ser descaracterizado

A imprensa local vem divulgando que nesta segunda feira (27) terá início o processo de reforma do prédio da Câmara Municipal de Vereadores com um aporte da Prefeitura Municipal superior e um milhão de reais oriundo do Tesouro Municipal e que possivelmente dará um novo aspecto aquela Casa de Leis que de deverá ser modernizada.

Um prédio mnoderno para a Câmara tudo bem a exemplo do que aconteceu com a Prefeitura Municipal que passou a se chamar de ‘Palácio’ ¿¿¿¿ (sem um imperador ou rei mas com um eventual mandante cujo prazo expira a cada 4 anos podendo ser renovado a cada 4).

Nesta matéria a editoria deste noticioso não questiona as nuances da reforma, se o dinheiro será aplicado em sua totalidade, quais os benefícios que a propalada reforma trará para a população (será¿) mas sim a conversação arquitetônica do prédio que já foi o Paço (Prefeitura) desde que União dos Palmares foi proclamado município e que perdurou até o final da década de 1970 quando o então prefeito Manoel Gomes de Barros construiu a atual Prefeitura Municipal.

União dos Palmares tem um histórico impressionante de destruição de prédios seculares, a saber, o marco histórico da passagem do século hoje no quintal de uma residência no Bairro Jardim Brasília, a Casa de Basiliano Sarmento, a Igreja Matriz, o Solar dos Lundgren’s (antiga Casas Pernambucanas), a antiga Sanbra que deu lugar a um posto de gasolina, dezenas de casas com adornos que eram verdadeiras obras de arte em toda cidade, a exemplo de casas e lojas na Rua Tavares Bastos, Ruas Costa Rego, Correia de Oliveira e tantas outras.

O governo do estado mantém para casos idênticos o Patrimônio Histórico Estadual criado para preservar a história de cada metro do território alagoano que deixou no abandono o famoso ‘Viradouro’ (que deu origem ao nome da cidade) e a Estação Ferroviária que são parte da cultura da terra de Jorge de Lima sem falar na saudosa Igreja Matriz construída pelos holandeses a partir de 1896 e destruída com a chegada de padres canadenses a União no início da década de 70.

A cidade hoje é um amontoado de prédios ‘modernos’ e desordenados como a Praça Padre Cicero e não soube conversar o seu patrimônio histórico. Os defensores do patrimônio histórico além do site Tribuna União e seus leitores (em número aproximado de 70 mil diariamente) agora esperam a obra da Câmara Municipal. Embora a certeza de não ser ouvido (porque tem edis que desconhecem o que significa patrimônio histórico) fica feito o registro e o apelo a consciência do dever tranquilo de preservar nossa história.

Tribuna União