Alagoas registrou 33 mortes de pessoas em situação de rua até o mês de novembro deste ano. O número já ultrapassou o total registrado em todo o ano passado em Alagoas, que foi de 22 mortes. Para o coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua em Alagoas (MNPR/AL), Rafael Machado, a violência contra esse grupo é preocupante.
Machado lembra que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou aos entes federados a adoção de providências para acolhimento da população em situação de rua, e que o Ministério Público Estadual (MP/AL) instituiu uma força-tarefa para apurar a violência e crimes contra a população em situação de rua em Maceió, mas, até o momento, não aconteceu nenhuma ação concreta.
“Nada vezes nada. Vamos ter uma reunião com o prefeito, governador e Conselho Nacional de Direitos Humanos na quarta-feira, dia 22. Esperamos que a determinação do ministro aconteça, que todas as demandas sejam cumpridas. O MP instituiu a força-tarefa, depois do que aconteceu com aquela família, que foi vítima de atentado à bala, na Praça Sinimbu, mas também ainda não aconteceu nada”, afirma.
A morte mais recente foi a do morador de rua identificado como “Mago Mecânico”. Ele foi assassinado a tiros, na entrada de uma borracharia, e teve as pernas amarradas, na última sexta-feira (17), no bairro do Clima Bom, em Maceió.
O coordenador do MNPR/AL ressalta a necessidade de medidas que garantam mais segurança. “Precisamos combater essa violência, precisamos de políticas de segurança, além de outros serviços como abrigos que possam atender as pessoas que vivem nas ruas, moradia de verdade e emprego. São mais de 4 mil pessoas nas ruas. Nós já registramos 33 mortes, uma média de três mortes por mês, e ainda nem terminamos o ano”, pontua.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes) para saber sobre as ações desenvolvidas pelo Estado, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.
Fonbte Triobuna Hoje