Dois dias após tremores, Defesa Civil realiza simulado no Pinheiro, em Maceió

Órgão informou que atividade é considerada de rotina. Locais não foram informados para garantir realidade durante o treinamento.

A Defesa Civil de Maceió realiza na manhã desta quarta-feira (8) um simulado de treinamento de emergência na área do Pinheiro, um dos bairros afetados pela mineração e afundamento do solo na capital.

Participam do treinamento militares do Exército, equipes da Cruz Vermelha, Corpo de Bombeiros, entre outros órgãos. Os locais não foram informados. Segundo a Defesa Civil, para não comprometer o rendimento dos trabalhos.

"É um simulado para salvar e guardar vidas, além de atender àquelas situações, inclusive de óbitos. Sobre os locais é importante não serem mencionar para que dê mais realidade aos resultados da operação. O objetivo é exatamente trazer o máximo de realidade para avaliar o tempo de resposta de cada instituição ao desastre", explicou Geraldo Júnior, coordenador adjunto da Defesa Civil.

Simulação aconteceu nesta quarta-feira no Pinheiro — Foto: DC

O treinamento acontece dois dias após a Defesa Civil confirmar o registro de dois abalos sísmicos na região evacuada do Mutange, um dos bairros afetados pela mineração na capital, assim como Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro e parte do Farol.

O coordenador adjunto informou que o simulado desta quarta é considerado de rotina. O último simulado aconteceu em 2019, ano seguinte ao início do desastre, quando uma grande operação foi montada para treinar moradores e equipes de atendimento durante uma suposta evacuação de emergência na área.

Desastre começou há cinco anos

Em 2018 um tremor de terra mudou a geografia de Maceió e a vida de milhares de pessoas. No dia 3 de março de 2018, um abalo sísmico na cidade foi o ponto de partida para uma investigação sobre o surgimento de rachaduras e afundamento do solo que atingiram cinco bairros da capital.

O dano causado pela extração de sal-gema feita durante décadas pela Braskem é um dos maiores desastres socioambientais da história do país. A petroquímica diz que "vem adotando medidas com foco na segurança das pessoas e na busca de soluções para os efeitos do fenômeno geológico, em colaboração estreita com o poder público.

Fonte G1-Al