Mais de 10 mil palestinianos morreram desde 7 de outubro, na sequência da ofensiva de Israel em Gaza. Os números, revelados pelo ministério da Saúde controlado pelo Hamas, não fazem distinção entre civis e combatentes, mas indicam haver mais de 4100 crianças entre as vítimas mortais.
Nas primeiras horas de segunda-feira, as forças israelitas separaram o norte da Faixa de Gaza do restante território sitiado e e fizeram dessa área alvo de intensos ataques aéreos.
Numa rara declaração conjunta, os líderes das maiores agências humanitárias das Nações Unidas e organizações internacionais apelaram a um **"cessar-fogo humanitário imediato"**em Gaza, onde, segundo o que descrevem, a atual situação é "horrível" e "inaceitável.
Durante uma reunião do Conselho de Ministros, o líder do executivo palestiniano, Mohammed Shtayyeh, não conteve as lágrimas ao relatar cenas do dia a dia no território.
"As crianças escrevem os seus nomes nos seus corpos para que possam ser identificadas. A mãe de três crianças que ficaram soterradas sob os escombros diz aos filhos: "Deixem-me ver-vos, nem que seja num sonho...", contou o primeiro-ministro.
A fronteira de Rafah foi reaberta esta segunda-feira para uma retirada limitada de estrangeiros para o Egito.
Enquanto os esforços diplomáticos procuram formas alternativas de fazer entrar ajuda humanitária em Gaza, pela primeira vez apoio médico foi lançado de avião para um hospital de campanha no território.
Perante a grave escassez de alimentos, cerca de 70% da população de Gaza fugiu de casa, desde o início da guerra.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, as centenas de milhares de palestinianos que permanecem no norte da Faixa continuam a ter um corredor de sentido único para fugir para sul.
Fonte pt.euronews.com