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O Ministério da Saúde (MS) reconheceu um surto de meningite em Alagoas. A informação consta em uma nota técnica emitida neste domingo (1). O órgão alerta sobre a situação epidemiológica da doença meningocócica e apresenta recomendações para medidas preventivas. Até o dia 15 de setembro deste ano, foram confirmados 26 casos, com a faixa etária mais afetada sendo a de crianças menores de 1 ano.
O Ministério da Saúde enfatiza que surtos representam desafios significativos para a saúde pública, com grande impacto social, devido à alta letalidade da doença e à dificuldade em rastrear as cadeias de transmissão.
A nota ressalta a importância do diagnóstico precoce, do manejo clínico adequado e da implementação atempada de ações de prevenção e controle para evitar casos secundários.
Até 15 de setembro de 2023, foram confirmados 26 casos de meningite em Alagoas, com 22 deles (84,6%) em Maceió, a capital. A taxa de incidência geral foi de 2,13 casos por 100.000 habitantes, a taxa de mortalidade foi de 0,58 óbitos por 100.000 habitantes e a letalidade atingiu 27,2%.
Analisando por faixa etária, crianças menores de 1 ano foram as mais afetadas, com uma incidência de 31,09 casos por 100.000 habitantes, uma taxa de mortalidade de 23,32 óbitos por 100.000 habitantes e uma letalidade de 75%. A segunda faixa etária mais afetada foi de 1 a 4 anos de idade, com 10 casos (três óbitos), uma taxa de incidência de 19,66 casos por 100.000 habitantes, uma taxa de mortalidade de 5,9 óbitos por 100.000 habitantes e uma letalidade de 30%.
O objetivo da resposta a surtos de meningite é interromper a cadeia de transmissão e evitar novos casos. Medidas preventivas incluem a detecção precoce, o manejo clínico adequado de casos suspeitos e a administração de quimioprofilaxia para contatos próximos de casos suspeitos (em até 48 horas após a identificação do caso).
Diante da situação epidemiológica, dos resultados laboratoriais e do cumprimento dos critérios do Guia de Vigilância em Saúde, o Ministério da Saúde conclui que há um surto de doença meningocócica do sorogrupo B em Maceió/AL desde maio de 2023, afetando principalmente crianças menores de cinco anos. A alta taxa de letalidade do surto destaca a necessidade de melhorias no fluxo de assistência e na adoção oportuna de protocolos de manejo de sepse.
A nota técnica conjunta é assinada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Secretaria de Atenção Especializada à Saúde e Secretaria de Atenção Primária à Saúde.
