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Especial
30/09/2023 20:00:00

Em carta, militares saem em defesa de ex-comandante da Marinha citado em delação


Em carta, militares saem em defesa de ex-comandante da Marinha citado em delação

O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, recebeu o apoio de colegas que se formaram com ele em 1976 na Escola Naval. Em carta que circula entre militares, a turma diz que Garnier “enfrenta acusações lançadas ao vento” e dizem “acreditar em sua inocência.”

O conteúdo da mensagem foi confirmado à CNN por dois oficiais.

Em colaboração premiada, o tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia Federal que, após a derrota nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com os comandantes das Forças para discutir um plano para não deixar o poder.

Garnier, então comandante da Marinha, teria apoiado o intento e colocado a tropa à disposição. O general Freire Gomes, comandante do Exército, teria rejeitado a proposta.

“As acusações contra o Almirante Garnier são lançadas aos ventos por estarem baseadas em assunto sob segredo de Justiça, o que torna impossível comprová-las ou, baseadas em assunto sob segredo de Justiça, contradizê-las. Pior, os envolvidos são tolhidos de se manifestar pelo mesmo segredo conferido aos seus depoimentos, enquanto a desinformação grassa solta”, diz o manifesto.

Na carta de nove parágrafos, os colegas de turma de Garnier dizem caber a eles dar “o testemunho sobre a pessoa por trás do título”. Dizem ainda que não faz sentido supor que o almirante “tenha conseguido enganar a todos”.

“Supor que um almirante-de-esquadra que passou pelo escrutínio de seus pares ao longo de toda a sua carreira, tenha conseguido enganar a todos e mudar seu comportamento de forma tão dramática, não faz sentido. Afinal, pessoas raramente mudam de fato, mas se aperfeiçoam em ser o que sempre foram. Queres julgar alguém, mira-te no seu passado. Lá a verdade reside.”

O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, recebeu o apoio de colegas que se formaram com ele em 1976 na Escola Naval. Em carta que circula entre militares, a turma diz que Garnier “enfrenta acusações lançadas ao vento” e dizem “acreditar em sua inocência.”

O conteúdo da mensagem foi confirmado à CNN por dois oficiais

 

Em colaboração premiada, o tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia Federal que, após a derrota nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com os comandantes das Forças para discutir um plano para não deixar o poder.

Garnier, então comandante da Marinha, teria apoiado o intento e colocado a tropa à disposição. O general Freire Gomes, comandante do Exército, teria rejeitado a proposta.

“As acusações contra o Almirante Garnier são lançadas aos ventos por estarem baseadas em assunto sob segredo de Justiça, o que torna impossível comprová-las ou, baseadas em assunto sob segredo de Justiça, contradizê-las. Pior, os envolvidos são tolhidos de se manifestar pelo mesmo segredo conferido aos seus depoimentos, enquanto a desinformação grassa solta”, diz o manifesto.

Na carta de nove parágrafos, os colegas de turma de Garnier dizem caber a eles dar “o testemunho sobre a pessoa por trás do título”. Dizem ainda que não faz sentido supor que o almirante “tenha conseguido enganar a todos”.

“Supor que um almirante-de-esquadra que passou pelo escrutínio de seus pares ao longo de toda a sua carreira, tenha conseguido enganar a todos e mudar seu comportamento de forma tão dramática, não faz sentido. Afinal, pessoas raramente mudam de fato, mas se aperfeiçoam em ser o que sempre foram. Queres julgar alguém, mira-te no seu passado. Lá a verdade reside.”

Por fim, o grupo escreve: “Por conhecermos o passado de Garnier, nós da associação da sua turma de Escola Naval acreditamos na sua inocência, formamos ao seu lado e lhe prestamos continência. É nosso dever de lealdade a um amigo, um irmão, um almirante.”

Como mostrou a CNN, aliados de Garnier veem uma blindagem ao Exército no depoimento de Cid.

Esses militares argumentam que Cid é um tenente-coronel da ativa do Exército e filho de um general da reserva. Portanto, na avaliação deles, seria “natural” que o ex-ajudante de ordens fizesse uma blindagem à Força à qual pertence.

Pessoas próximas a Garnier alegam que o ex-comandante, embora deixasse claro suas preferências políticas, jamais discutiu com a cúpula da Marinha uma proposta de golpe.

À CNN, um colega disse que o almirante “se expressava de maneira transparente sobre sua opinião, mas isso não quer dizer tentar um golpe”.
 
Fonte Agora Notícias Brasil


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