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Alagoas
16/09/2023 07:00:00

Alagoas Comemora 206 anos de Emancipação Politica

Estado se desmembrou de Pernbnambuco em 16 de setembro de 1817


Alagoas Comemora 206 anos de Emancipação Politica

Por historiadealagoas.com.br

História resumida da emancipação de Alagoas

Rua da Matriz, Marechal Deodoro, em 1906

Na aurora da Emancipação

Sebastião Francisco de Melo e Povoas, foi o primeiro governador da capitania. A 27 de dezembro de 1819 desembarcava no porto de Jaraguá e a 23 de janeiro do ano seguinte, solenemente, perante o Senado da Câmara da comarca, empossava-se nas suas altas funções.

Praça da Matriz, atual Praça D. Pedro II, no início do século XX

Maceió, vila de recente data, foi escolhida para sede do governo. Aí, num sobradinho, passou a residir o governador e capitão-general, Vila insignificante, há cem anos passados, oriunda de um engenho — que existiu no local daquele edifício, com uma população escassa, espalhada; por uma casaria de aspecto rústico.

Na capitania, entretanto, já havia burgos mais avantajados e prósperos, com a categoria de vila: Alagoas [atual Marechal Deodoro], Porto Calvo, Penedo, dos primeiros dias da colonização, teatro do grande drama da conquista holandesa, Atalaia, antiga sesmaria de Domingos Jorge Velho, Anadia, Porto de Pedras. Eram os centros principais da vida econômica e social da capitania.

Pelo território por onde se devia estender a administração de Melo e Póvoas, cresciam outros núcleos de população laboriosa — Santa Luzia do Norte, S. Miguel dos Campos, Porto Real do Colégio, Camaragibe, Palmeira, S. Bento, Pioca…

A vida econômica repousava na agricultura, na pecuária e na exploração de madeiras: Ao sul, pelo S. Francisco, as fazendas pastoris, mais de trezentas; ao norte estava a zona açucareira, para mais de trezentos engenhos, talvez, concentrando Porto Calvo a hegemonia da indústria do açúcar.

Por toda parte cultivava-se, além de cana, o algodão, cuja cultura fora introduzida pelo ouvidor José de Mendonça de Matos Moreira, depois de 1779, a mandioca, o milho, o fumo, a mamona, o feijão. A prosperidade da capitania repousava, pois, no cultivo da terra.

A população seria de 80.000 almas, predominando a escravaria, elemento de trabalho nos campos, nos engenhos e na vida doméstica, ao lado das animarias. Socialmente, “á população das vilas e seus distritos superabunda em honra, verdade e candura“, diz um documento dessa época. Havia, porém, na classe rica, na classe feudal dos latifúndios açucareiros e pastoris, a preocupação do luxo — a ostentação de joias e sedas, quando as senhoras, com o seu séquito de mucamas, se apresentavam em público, nos templos, únicos lugares onde as reuniões eram mais numerosas e frequentes.

Praça dos Martírios em 1910

Melo e Póvoas foi um administrador esclarecido e prudente. Cuidou seriamente dos interesses da fazenda real, estabelecendo o aparelho da arrecadação dos réditos; fez obras de fortificações e criou corpos de milícias, infantaria e artilharia; abriu estradas para o interior, facilitando as comunicações; construiu num estaleiro de Pajuçara a corveta “Maceió“; levantou a planta da vila em que assentara a sede de seu governo e atendeu, solicito, a todas as necessidades da administração pública.

A vila de Alagoas, porém, enciumara-se, dada a preferência de Póvoas por Maceió; e reclamou os foros de capital que, lhe haviam sido outorgados por decreto de 5 de maio de 1821. Póvoas, recalcitrante, desatendeu — continuaria em Maceió, ponto melhor para uma capital, pela sua proximidade com o porto, excelente ancoradouro, e pela amenidade do clima. E em Maceió permaneceu até a proclamação da Constituição das Côrtes Portuguesas, quando passou-se para a vila reclamante da primazia.

Com o advento da nova organização política, cessaram as funções de Melo Póvoas como capitão-general. A administração obedecia a outras fórmulas, mais liberais. O governo passou para uma junta eleita, de nove membros, e da primeira delas Póvoas foi o presidente.

O governo provisional durou até 1832, quando foi nomeado o primeiro presidente da província, D. Nuno Eugenio de Lossio e Seibliz.

A Emancipação

Depois da guerra holandesa, criara-se no Brasil o sentimento do patriotismo. Pernambuco estava à frente desse espirito novo formador da nacionalidade. A “guerra dos mascates“, oriunda do despeito em fervente rivalidade entre os detentores do solo, que constituíam uma espécie de nobreza brasileira, e os negociantes portugueses enriquecidos pelas explorações mercantis e, pela sua riqueza, protegidos pelos delegados da metrópole, em detrimento dos naturais, foi uma explosão desse sentimento.

Portugal afogou em sangue o movimento que se exteriorizara por uma aspiração republicana, na proposta ousada de Bernardo Vieira de Melo, o mesmo da extinção dos Palmares, a primeira manifestação democrática dos brasileiros.

Rua do Apolo no início do século XX

Cem anos haviam decorrido. O nacionalismo deixara de ser um sentimento vago, um ideal bruxuleando, indeciso, num ou noutro cérebro esclarecido e destacado da ignorância geral. A metrópole adotara uma política conducente ao aceleramento do nacionalismo, cerceando à colônia, que se lhe avantajara em riqueza e alimentava-lhe a corte, o desenvolvimento material e a expansão política. Da tirania bem se sentiam feridos profundamente os brasileiros.

Quando D. João VI, varrida a soberania lusitana pelos remígios poderosos da águia napoleônica, refugiou-se no Brasil, com D. Maria I, demente, Carlota Joaquina, príncipes, frades, condes e magistrados, a corte toda fugitiva e aterrorizada, e no Brasil estabeleceu a regência que exercia dos domínios portugueses em nome de sua mãe, o sentimento de nacionalidade era já uma força irresistível. A transformação que subitamente se operara no Brasil, passando de colônia à metrópole e, logo depois, elevado ao mesmo pé de igualdade a Portugal, pela sua categoria de reino, amorteceu um pouco as aspirações nacionalistas.

Mas em Pernambuco, que estivera sempre à dianteira da evolução nacional sob o influxo das correntes democráticas que a França propagava, os espíritos mais cultos e as almas mais exaltadas não se deixaram deslumbrar pelo esplendor da realeza. E em 6 de março de 1817 explodia no Recife a primeira revolução acentuadamente republicana em terras brasileiras.

Uma plêiade ilustre insuflara e atirara à face do trono a aspiração popular. Eram Domingos José Martins, padre João Ribeiro, José Luiz de Mendonça, Antônio Gonçalves da Cruz (Cabugá), padre Muniz Tavares, frei Miguelinho, padre Martiniano de Alencar, Abreu e Lima e tantos outros, quase todos fuzilados pela reação realista triunfante. A revolução estendeu-se à Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, “que deveriam formar uma só república, devendo-se edificar uma cidade central para capital”.

Alagoas estava contida na capitania de Pernambuco. Em demanda para a Bahia; afim de conquistar adesões, percorreu o território alagoano o grande Abreu e Lima, cognominado Padre Roma, lançando o rastilho da revolução. O estado de espirito geral na comarca era hostil à metrópole, laborando contra es portugueses a mesma repulsa reinante no Recife. Alagoas pelos seus homens mais representativos, aderiu entusiasticamente, tanto maior o entusiasmo quanto o comandante das armas, Vitoriano Borges dera mão forte à situação subversiva que surpreendera a vida pacata da gente alagoana.

Um homem, porém, encarnando o espirito da realeza periclitante, na integridade de magistrado rigorosamente adstrito à lei, reagiu energicamente, procurando restabelecer, de ímpeto, a ordem legal. Foi o ouvidor da comarca, Ferreira Batalha, uma figura que nos ficou, duradoura, desse agitado período, com um relevo moral estupendo. Era um homem, na expressão da maior dignidade do termo, bem o homem que a corte precisava no momento.

Rua do Comércio em Maceió

A sua atitude impetuosa precipitou as medidas coercitivas da sublevação republicana. Alagoas, a esforços seus, forneceu o primeiro contingente que partiu para dominar o movimento, e logo, por sua inspiração, declarou-se desligada de Pernambuco, constituindo um governo provisório em correspondência direta com o conde dos Arcos.

Houve um arrefecimento geral no calor patriótico e dele o ouvidor, atilado e decidido, procurou aproveitar-se. O primeira a desertar foi Vitoriano Borges, deixando os seus correligionários à mercê das perseguições que já se anunciavam, tremendas e aterrorizantes.

Os homens mais comprometidos na sedição fugiram pressurosamente aos seus compromissos, enviando os seus protestos de lealdade ao rei… Apenas um homem ficou de pé, intemerato na sua fé e na dignidade dos seus princípios — o capitão Manoel Vieira Dantas, de S. Miguel de Campos.

Depois o marechal Cogominho de Lacerda interveio com as suas tropas e a comarca abafou as suas veleidades democráticas. Mas o conde dos Arcos não se contentou com isso; exigiu a punição dos culpados e foram presos muitos dos que haviam renegado a revolução, em quanto os fuzilamentos epilogavam tragicamente a república.

O atilamento político do conde dos Arcos levou o rei a alforriar o território das Alagoas da tutela de Pernambuco, visando, talvez, o enfraquecimento da capitania turbulenta. A 16 de setembro de 1817, D. João VI declarava Alagoas desmembrada daquela capitania. Era a emancipação.

Conheça Alagoas

Por brasilescola.uol.com.br

"Alagoas é um estado brasileiro que compõe a Região Nordeste, com capital no município de Maceió. Seu relevo é formado por depressões e planaltos, e os climas encontrados no estado são semiárido e tropical. A atual população alagoana é de pouco mais de 3,35 milhões de habitantes, vivendo a maioria nas cidades. Atualmente, a economia alagoana se destaca pela produção de cana-de-açúcar e pela indústria ligada a esse cultivo."

"Dados gerais de Alagoas
Região: Nordeste.
Capital: Maceió.
Governo: democracia representativa, com o governador à frente do Poder Executivo estadual.
Área territorial: 27.830,656 km² (IBGE, 2020).
População: 3.351.543 habitantes (estimativa IBGE, 2020).
Densidade demográfica: 112,33 hab./km² (IBGE, 2010).
Fuso: Horário Padrão de Brasília (GMT -3 horas).
Clima: semiárido e tropical."

"Geografia de Alagoas
O estado de Alagoas está localizado na Região Nordeste e tem como capital Maceió. Possui uma superfície de 27.830,65 km², a terceira menor dentre as unidades federativas (considerando o Distrito Federal).

A leste, o território alagoano possui saída para o Oceano Atlântico, com faixa litorânea de 229 km. Faz fronteira:

ao norte, com Pernambuco;
a oeste, com a Bahia; e
ao sul, com Sergipe.
O estado se divide ainda entre três das quatro sub-regiões do Nordeste, sendo elas: o Sertão, o Agreste e a Zona da Mata, de oeste a leste nessa mesma sequência.

Clima de Alagoas
Dois tipos climáticos são predominantes em Alagoas. O primeiro é o semiárido, que abrange todo o oeste do estado. É caracterizado pelos baixos índices de umidade do ar atrelados às elevadas temperaturas e longos períodos de estiagem. A média pluviométrica anual varia entre 400 e 600 mm no Sertão. No Agreste, esse índice pode chegar a 900 mm.

O segundo clima é o tropical úmido, que prevalece nas terras situadas a leste. Assim como o primeiro, é marcado pelas temperaturas elevadas, que variam entre 23º C e 28º C (com exceção das áreas elevadas, onde as condições são mais amenas), mas apresenta chuvas mais abundantes e maior umidade do ar. A média pluviométrica é de 1.000 mm a 1.600 mm anuais, superando 1.900 mm em algumas áreas litorâneas.

Relevo de Alagoas
O relevo de Alagoas é formado predominantemente por depressões e planaltos, com média altimétrica de 300 metros.

A oeste do território, conforme a classificação proposta por Jurandyr Ross, observam-se as feições características da Depressão do São Francisco, onde é possível encontrar também áreas isoladas de maior altitude. Pelo norte e nordeste, estende-se o Planalto da Borborema, enquanto, a leste, estão as Planícies e Tabuleiros Litorâneos. O ponto culminante de Alagoas fica na Serra da Onça, situada a 1.016 metros acima do nível do mar.

Vegetação de Alagoas
A cobertura vegetal alagoana é formada por espécies características de dois biomas:

- Caatinga, que se estende pelo oeste do estado e é caracterizada por árvores caducifólias (que perdem suas folhas na estação seca), xerófitas, arbustos e gramíneas;

- Mata Atlântica, a leste, composta por florestas.

As terras úmidas da costa são recobertas por vegetação litorânea, como mangues e restingas.

Hidrografia de Alagoas
A rede de drenagem de Alagoas pertence às bacias do Rio São Francisco (oeste) e do Atlântico Nordeste Oriental (leste). Entre os seus principais cursos d’água estão os rios Mundaú, Camaragibe, Coruripe, Ipanema, Manguaba e São Francisco.

Veja também: Quais são as bacias hidrográficas do Brasil?

Mapa de Alagoas

Fonte: IBGE.
Demografia de Alagoas
O estado de Alagoas possui 3.351.543 habitantes, conforme as estimativas do IBGE para 2020. Esse total é equivalente a 5,8% da população da Região Nordeste e 1,5% da brasileira. O território é densamente povoado, com distribuição populacional de 112,33 hab./km², à época do censo de 2010. Com os dados atuais, calcula-se que a densidade demográfica de Alagoas seja de 120,42 hab./km².

A maior parcela dos alagoanos vive nos centros urbanos, sendo a taxa de urbanização do estado de 73,63%. Maceió é a sua cidade mais populosa e a 14ª capital em população do Brasil, com 1.025.360 habitantes. Na sequência está Arapiraca, que conta com 233.047 moradores. Pindoba é o município alagoano menos populoso, reunindo 2.905 habitantes.

A taxa de crescimento populacional recente do estado foi de 0,42% (entre 2019 e 2020), mais baixa do que a nacional (0,77%). Somente a capital alagoana foi responsável por quase metade do número de novos moradores, que foi de pouco mais de 14 mil. Destaca-se ainda que o estado registra hoje baixa expectativa de vida (72,7 anos), se comparada à média do país.

Maceió, capital do estado, é a cidade mais populosa de Alagoas.
Divisão geográfica de Alagoas
O território alagoano é dividido pelo IBGE em regiões geográficas imediatas e regiões geográficas intermediárias. Sendo assim, os 102 municípios do estado são agrupados em 11 regiões imediatas, as quais se dividem em duas regiões intermediárias da seguinte forma:

Maceió (leste do estado):
Ponto Calvo – São Luís do Quitunde;
Maceió;
São Miguel dos Campos;
Penedo;
União dos Palmares;
Atalaia.
Arapiraca (centro e oeste do estado):
Arapiraca;
Palmeira dos Índios;
Delmiro Gouveia;
Santana do Ipanema;
Pão de Açúcar – Olho d’Água das Flores – Batalha.
Economia de Alagoas
O Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas é de R$ 54,41 bilhões, o que corresponde a uma parcela de 0,8% da economia brasileira. Levando em consideração todas as unidades federativas, o estado fica na 20ª colocação. A maior parcela do valor adicionado corresponde ao setor terciário ou de serviços. Desconsiderando a administração pública, sua fatia é de 44,65%. A agropecuária responde por 16,62%, ao passo que a indústria é responsável por 12,01%.

A agropecuária do estado é liderada pelo cultivo de cana-de-açúcar, sendo Alagoas um dos dez maiores produtores nacionais, e também pela criação bovina. Por conseguinte, o leite fica entre os principais produtos oriundos do setor primário. A agricultura alagoana é composta também pelas lavouras de arroz, milho, feijão, mandioca, banana e laranja.

Seguindo a produção primária, o setor sucroalcooleiro integra a indústria de transformação alagoana. Destaca-se a extração de petróleo e gás natural para a produção de combustíveis e outros derivados, como borrachas e plásticos. A indústria do estado é composta também pela construção civil, carro-chefe do setor secundário, alimentícia, serviços de utilidade pública, bebidas e minerais não metálicos.

Veja também: Causas e consequências da pobreza no Brasil

Governo de Alagoas
O governo do Alagoas é uma democracia representativa. A população elege os seus governantes por meio de eleições estaduais, que são realizadas periodicamente, em um intervalo de quatro anos. O Poder Executivo estadual tem à sua frente o governador. O Legislativo alagoano, por sua vez, é formado por 3 senadores, 9 deputados federais e 27 deputados estaduais.

Bandeira de Alagoas


Infraestrutura de Alagoas
Com a maioria da população vivendo em áreas urbanas, a rede de eletrificação alagoana abrange quase todos os domicílios do estado. O acesso à água tratada e ao sistema de esgoto, entretanto, é significativamente menor. No ano de 2019, 75,4% da população possuía acesso à rede de água, índice maior nas cidades (89,5%). A rede de esgoto atendia 28,6% da população urbana e uma parcela de apenas 15,6% do esgoto gerado era tratada, evidenciando um sério gargalo nos serviços de saneamento básico do estado.

A matriz energética alagoana é composta, em sua maioria, por fontes renováveis, lideradas pelo bagaço da cana-de-açúcar. A hidráulica é a segunda maior força geradora de energia no estado, seguida do caldo de cana e do gás natural. Em função da grande incidência de raios solares na maior parte do ano, a energia solar tem ganhado cada vez mais espaço na matriz alagoana.

Os transportes são efetuados principalmente por meio das rodovias. Dentre elas se destacam a BR-101, BR-110, que cruza parte do Nordeste, do Rio Grande do Norte à Bahia, BR-104 e BR-116. O principal porto do estado fica na capital, que é o Porto de Maceió. O Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares é passagem anual de cerca de dois milhões de pessoas e é responsável também pelo transporte de cargas.

Cultura de Alagoas
O estado de Alagoas dispõe de uma rica cultura, formada a partir da influência de indígenas, europeus e africanos. Entre as formas de manifestação cultural mais populares no estado estão os trabalhos manuais, como os bordados, e o artesanato realizado com matérias-primas, como fibra de bananeira, palha, cascas de coco, madeira e outros.

Algumas das festas populares do estado são: Reisado, Cavalhada, Guerreiro, Caboclinhos, Festa do Mar, Peja e outras. A gastronomia alagoana possui uma grande variedade de preparos, muitos dos quais levam em sua receita os frutos do mar. Um dos pratos típicos de Alagoas é o sururu de capote, feito com parte dos mariscos na casca e leite de coco.

Além das belas praias e paisagens naturais que são grandes atrativos turísticos, como é o caso de Maragogi, Alagoas possui lugares históricos tombados como patrimônio cultural do Brasil. Um deles é a Serra da Barriga, considerada também patrimônio do Mercosul em 2017. Foi lá que se estabeleceu a sede do Quilombo dos Palmares, entre o final do século XVI e século XVII, considerado o maior quilombo do país e da América Latina.

História de Alagoas
O século XVI foi marcado pela chegada dos portugueses no Brasil a partir do litoral nordestino, região habitada à época por diversas populações indígenas. As expedições incluíram o atual estado do Alagoas. A área também despertou o interesse de outros povos europeus, como os franceses, que acabaram se estabelecendo no litoral alagoano no mesmo período. Os portugueses conseguiram retomar o domínio sobre as terras em 1535, sob a liderança de Duarte Coelho.

Os holandeses, por sua vez, aportaram no Nordeste quase um século mais tarde, em 1630, avançando pelo território de Alagoas. Após inúmeros conflitos diretos, os holandeses foram finalmente expulsos da região no ano de 1645.

Nesse mesmo intervalo de tempo, outro episódio importante da história brasileira se desenrolava na Zona da Mata alagoana. Um grande número de pessoas escravizadas nos engenhos de açúcar da então capitania de Pernambuco fugiu e formou o Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas. O quilombo teve cerca de 20 mil habitantes e era liderado por Zumbi, tornando-se um grande símbolo de resistência das populações africanas na América Latina. Alvo tanto dos portugueses como dos holandeses, Palmares foi destruído em 1694.

O território alagoano foi elevado à condição de capitania no ano de 1817, sendo até então uma comarca. Tornou-se um estado a partir da Proclamação da República, ato realizado pelo alagoano  Deodoro da Fonseca, em 1889. Dois anos mais tarde, em 1891, foi promulgada em Alagoas a sua primeira Constituição estadual.

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia"

Veja mais sobre "Alagoas" em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/alagoas.htm



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