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13/09/2023 11:00:00

MPAL pede esclarecimentos a plano de saúde sobre atendimento à crianças autistas


MPAL pede esclarecimentos a plano de saúde sobre atendimento à crianças autistas

Por Tribuna Hoje

Foi realizada na manhã desta terça-feira (12), uma reunião no Ministério Público de Alagoas (MPAL), para pedir esclarecimentos acerca da prestação de serviço por parte do plano Smile Saúde a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no estado.

De acordo com o promotor de Justiça Max Martins, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, o MP começou a receber algumas reclamações de pais de crianças autistas, dando conta do descredenciamento de uma clínica que era supervisionada pela Smile.

Nalygia Santos, mãe de João Henrique de 5 anos, estava na reunião e contou que seu filho estava há dois anos em uma clínica, onde tinha todo o atendimento e organizado pelo plano, porém em fevereiro passado, o plano se descredenciou de todas as clínicas e simplesmente montou uma clínica própria, tornando o atendimento deficitário.

“Eu ainda cheguei a pagar particular, um mês, só que custa muito alto, é 14 mil reais por mês. São seis terapeutas e o João precisa duas horas de cada, e ele simplesmente está nessa clínica da Smile fazendo apenas uma hora. Ele chegou em junho já passou por duas psicólogas, duas fisioterapeutas, três fonos, ele está sem fono, inclusive na semana”, contou.

“Meu filho está todo desorganizado. Na escola, por exemplo, nunca cheguei a ouvir reclamação da escola, mas agora João já bateu duas vezes em uma criança. Isso é terrível, em vez da gente estar vendo a evolução do filho, ver regressão, é angustiante”, desabafou.

O promotor Max Martins enfatizou que a clínica foi descredenciada e a Smile adquiriu uma rede própria de atendimento. “Nós já visitamos algumas, sobretudo a da Ponta Verde, fizemos uma inspeção in loco, mas o objetivo sobretudo dessa audiência pública é para que a Smile demonstre de forma efetiva como é que está sendo implementado os serviços para esse público tão especial e a gente possa também fazer o contraponto ouvindo os pais e responsáveis, ver quais são as principais insatisfações, os pontos que precisam ser ajustados”, enfatizou o promotor.

Max Martins quer saber se existem de fato deficiências que precisam ser adequadas, já que o plano atende cerca de 400 crianças e adolescentes em sua rede própria. “Há reclamações de que existem algumas irregularidades no atendimento, que não está sendo feita da forma que necessita, vários pais já usaram ações judiciais individuais na justiça”, salientou.

Para ele, o objetivo maior da reunião é garantir que essas crianças sejam atendidas de forma correta e da melhor maneira possível, a qualquer plano.

Thauan Ferro, supervisor técnico da Clínica Mais Saúde, da Smile, informou que a queixa principal foi o descredenciamento de algumas clínicas particulares, posteriormente a mudança de profissionais para realizar o tratamento e que o objetivo é apresentar o que a clínica oferta e como o serviço para a criança com TEA é realizado.

“Vamos apresentar a estrutura física, o corpo técnico e os protocolos de tratamento. Nós trabalhamos com crianças que têm atraso no neurodesenvolvimento, e um deles é a sociabilização, é uma forma dessas crianças socializarem e aprenderem a criar vínculos com outras pessoas. Nós precisamos encarar as mudanças com o lado positivo”, observou.

 


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