Por G1-Al
Em agosto, o número de casos de Covid-19 aumentou no Brasil e a alta é associada à Éris, uma subvariante da Ômicron. Com essa nova onda, a vacinação se torna ainda mais importante, mas 28,08% da população vacinável de Maceió sequer completou o esquema de imunização com as três doses, segundo dados obtidos pelo g1 junto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), registrados até 31 de agosto.
O esquema completo é necessário para a vacinação com a bivalente da Pfizer, o único imunizante disponível no Brasil que protege o paciente de desenvolver quadro grave em caso de contaminação pela cepa original ou subvariantes da Ômicron, principal tipo do vírus que circula hoje no país. Na capital alagoana, apenas 11,95% da população vacinável tomou a bivalente.
De acordo com os dados da SMS, a população adulta é que tem o maior percentual de esquema vacinal completo, seguida pela população de adolescentes (12 a 17 anos) e crianças de 5 a 11 anos. O grupo com percentual mais baixo é o de bebês e crianças com idade de 6 meses a 4 anos. Veja, abaixo, o percentual de cada grupo:
Ao g1, o infectologista Renee Oliveira ressaltou a importância de concluir o esquema vacinal e de tomar as vacinas de reforço para evitar quadros mais graves da doença.
"Quem está protegido com a bivalente tem uma possibilidade de não evoluir para quadros mais preocupantes. Quem não completou o esquema vacinal com as doses de reforço e está apto a tomar a bivalente, deve tomar", orienta o infectologista.
Contudo, por falta de estoque, a Secretaria Municipal de Saúde suspendeu temporariamente, nesta sexta-feira (1º), a vacinação com o imunizante da Pfizer em adolescentes e adultos. A vacinação será retomada após a reposição do estoque. A vacinação da Pfizer Baby, para crianças de 6 meses a 2 anos, continua sendo realizada.
Desde o início da pandemia, em 2020, Alagoas teve mais de 340 mil casos confirmados de Covid-19, e 97,7% dos pacientes se recuperaram da doença. Ao todo, foram registrados 7.302 óbitos, sendo 76 no ano de 2023.
Índice de crianças vacinadas com dose de reforço em Alagoa ainda é muito baixa — Foto: Freepik
???????? Até esta sexta-feira (1), não havia registro da variante Éris em Alagoas, mas há casos confirmados em estados das regiões Sul e Sudeste.
Segundo informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a EG.5 é uma subvariante da ômicron. A variante foi identificada pela primeira vez em fevereiro de 2023 e, desde então, foi observado um aumento no número de casos relacionados a essa variante, principalmente em países como Reino Unido e Estados Unidos.
Ainda de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o momento, a subvariante EG.5 não demonstrou maior gravidade ou riscos significativos em comparação com outras variantes.
Os relatos sobre a variante Éris são de sintomas muito parecidos com os que são causados pela ômicron original. Entre eles:
O infectologista destaca que a Éris já foi registrada em regiões do Brasil e que a vacinação pela bivalente é uma poderosa aliada da população.
"Não sabemos como as coisas vão evoluir nas próximas semanas. A Éris já chegou no Sul e no Sudeste do Brasil, na Europa e Estados Unidos ela tem mostrado uma capacidade de provocar casos graves. Quem está protegido com a bivalente tem uma possibilidade de não evoluir para quadros mais preocupantes", disse Renee.