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Por GazetaWeb
Após gravar um vídeo passando informações falsas sobre o juiz alagoano Alberto Ramos, o blogueiro Cícero Leonardo Terto emitiu uma nota nesta quinta-feira (31) em que pede desculpas ao magistrado.
Nesta semana, ele divulgou um vídeo acusando o juiz de receber uma "comissão" para soltar traficantes presos com cerca de 30 kg de drogas em São José da Lage, no último dia 24 de agosto. A soltura foi desmentida pela Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), que na segunda-feira (28), divulgou uma nota repudiando as informações.
Cícero Leonardo, ao pedir desculpas ao magistrado e à Almagis, disse que não teve intenção de ferir "a imagem de nenhum juiz deste estado".
"Peço que façam uma analise no vídeo e vejam que, em nenhum momento da gravação, foi citado o nome de nenhum magistrado, pelo contrário, deixo claro a minha dúvida de onde seria realizada a audiência de custódia que, supostamente, os indivíduos detidos pela Polícia Militar seriam liberados por algum ato de irregularidade no ato do flagrante, no entendimento de algum magistrado", afirmou o blogueiro na nota.
Ele disse ainda que reitera o "respeito a todos os magistrados" e que se coloca à disposição para prestar esclarecimento sobre o ocorrido.
"Sendo assim, reitero meus respeito a todos os magistrados que combate o crime neste pais, colaborando assim com a diminuição da violência, em especial, o estado de Alagoas, e, ao mesmo tempo, me coloco à disposição desta íntegra instituição para prestar qualquer outro tipo de esclarecimento da minha boa intenção em colaborar com a Justiça alagoana. Desde já peco desculpas a qualquer magistrado do estado de Alagoas, que possa ter se sentido ofendido com minhas simples e humildes palavras", complementou Cícero Leonardo.
Confira nota na íntegra:
Eu, Cicero Leonardo Terto, dono do canal Rio Largo Web Noticias, venho por meio deste esclarecer os fatos amputados a mim sobre um vídeo publicado em minhas redes sociais, onde falo de uma possível liberação de suposto autores de crimes e os ilícitos encontrados com eles durante uma operação da Polícia Militar na cidade de São Jose da Lage, no dia 24 de agosto deste ano, estado de Alagoas.Quero aqui pedir desculpas à ALMAGIS, Associação Alagoana dos Magistrados, devido ao meu comentário no citado vídeo. Quero aqui deixar claro para todos os magistrados deste Estado, que, em nenhum momento, foi de minha intenção em denigrir a imagem de nenhum juiz deste Estado, atá porque peço que façam uma análise no vídeo e vejam que em nenhum momento da gravação não foi citado o nome de nenhum magistrado, pelo contrário, deixo claro a minha dúvida de onde seria realizada a audiência de custódia, que supostamente os indivíduos detidos pela policia militar seriam liberados por algum ato de irregularidade no ato do flagrante no entendimento de algum magistrado.
Sendo assim, reitero meu respeito a todos os magistrados que combatem o crime neste país, colaborando assim com a diminuição da violência, em especial o estado de Alagoas, e ao mesmo tempo me coloco à inteira disposição desta íntegra instituição para prestar qualquer outro tipo de esclarecimento da minha boa intenção em colaborar com a justiça alagoana. Desde já peço desculpas a qualquer magistrado do estado de Alagoas, que possa ter se sentido ofendido com minhas simples e humildes palavras.
Entenda o caso
No vídeo, Cícero Leonardo Terto ofende Alberto Ramos, que foi responsável pela audiência de custódia dos presos. "Hoje recebo uma mensagem de que os meliantes vão ser soltos na audiência de custódia e a droga será devolvida aos delinquentes", acusou o internauta, que continuou. "Hoje o judiciário está apadrinhando e defendendo bandido".
Ele ainda discorre na gravação: "O juiz alega na sua decisão que a Polícia Militar não tinha em posse o mandado de prisão e busca e apreensão", afirma Cícero, acrescentando: "Esse juiz é do crime, é amigo de bandido. [...] Com certeza quando [os traficantes] venderem a droga, com certeza você [o juiz] vai querer uma comissão", complementa.
Em nota, a Almagis repudiou o vídeo divulgado nas redes sociais e disse que as informações proferidas por Cícero não correspondem à realidade, já que, em audiência de custódia, o magistrado decretou a prisão preventiva de todos os investigados. A droga também continuou apreendida. A entidade lamentou o que chamou de "Fake News" e avisou que irá tomar providências judiciais cíveis e criminais.
