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Acidente
28/07/2023 14:00:00

Brasil tem 1,3 milhão de quilombolas, mostra mapeamento inédito do Censo 2022

Os quilombolas correspondem a 0,65% da população do país; Bahia e Maranhão concentram o maior número


Brasil tem 1,3 milhão de quilombolas, mostra mapeamento inédito do Censo 2022

Com Correio Braziliense

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (27/7) que, no Brasil, 1,3 milhão de pessoas se autodeclaram quilombolas. O mapeamento é inédito, pois é a primeira vez que o Censo Demográfico incluiu em seus questionários perguntas para identificar a comunidade quilombola.

Os dados correspondem a 0,65% da população total do país. São quase 474 mil domicílios com pelo menos um morador quilombola — e com média de moradores mais elevada (3,17) do que a média nacional (2,79).

Para mapear o grupo, o IBGE incluiu a pergunta: "Você se considera quilombola?" Caso a resposta fosse positiva, o entrevistado poderia responder na sequência a qual comunidade pertencia.

Bahia e Maranhão lideram

Das 5.570 cidades do país, 1.696 têm moradores quilombolas (30,5%). 87,41% dessa população vive fora dos territórios oficialmente delimitados para quilombolas. O Nordeste concentra quase 70% dos quilombolas, com destaque para Bahia e Maranhão. Os dois estados concentram quase 50% do grupo no país. Na Bahia há 397,1 mil quilombolas e no Maranhão, 269,1 mil. 

Cerca de um terço dos quilombolas do Brasil estão na Amazônia Legal. Minas Gerais (135,3 mil), Pará (135 mil) e Pernambuco (78,8 mil) aparecem na sequência de estados listados. As únicas unidades federativas onde o IBGE não encontrou quilombolas foi no Acre e em Roraima. 

Senhor do Bonfim, na Bahia, é a cidade com a maior quantidade absoluta (15.999 pessoas quilombolas), seguida por Salvador (15.897); Alcântara, no Maranhão (15.616); e Januária, em Minas Gerais(15.000).

Já em relação a proporção de quilombolas na população total do município, Alcântara lidera, com 84,6%.

"A gente está superando os registros administrativos do Brasil. O Censo quilombola contou ainda com monitoramento em tempo real da qualidade da coleta. Nós fomos acompanhando passo a passo. Com a população quilombola, esse acompanhamento foi muito importante", afirmou Cimar Azeredo, presidente interino do IBGE.

 

 



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