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Mundo
10/07/2023 00:00:00

Belarus exibe acampamento para receber mercenários russos após tentativa de motim

Militares belarussos mostraram acomodação oferecida ao Wagner Group como parte do acordo que deu fim ao motim


Belarus exibe acampamento para receber mercenários russos após tentativa de motim

Fonte A Referência

Nesta sexta-feira (7), o exército de Belarus revelou imagens de um campo de treinamento designado para abrigar os mercenários russos do Wagner Group. A ida dos paramilitares para lá é parte de um acordo que pôs fim a um motim fracassado que durou cerca de um dia e meio e azedou de vez as relações entre o presidente Vladimir Putin e o chefe da organização paramilitar privada, Evgeny Prigozhin. As informações são da agência Associated Press.

O major-general Leonid Kosinsky, assistente do Ministro da Defesa belarusso, país que é forte aliado de Moscou, mostrou a jornalistas internacionais o local, que é um antigo acampamento militar próximo a Tsel, localizado a aproximadamente 90 quilômetros a sudeste da capital, Minsk.

Enquanto repórteres observavam fileiras de tendas vazias, Kosinsky revelou que o acampamento, situado no distrito de Asipovichy, tem capacidade para acomodar até cinco mil soldados.

Segundo a Sirena, uma agência de notícias russa independente com foco na guerra na Ucrânia, o acampamento possui tendas com beliches e pisos de madeira. Cada uma foi projetada para acomodar até 60 pessoas e pode ser montada em menos de 30 minutos. As imagens das acomodações foram compartilhadas na conta do Telegram do veículo.

De acordo com Kosinsky, representantes organização paramilitar privada ainda não visitaram o acampamento para avaliar se atende às suas necessidades. Ele disse aos repórteres: “Quando o Wagner tomar a decisão final sobre implantação ou não em Belarus, eles poderão ver onde e como se estabelecer”.

Enquanto isso, na quinta-feira (6), o autoritário presidente belarusso Alexander Lukashenko afirmou que Prigozhin encontra-se na Rússia, de acordo com a rede Radio Free Europe. Essa situação levanta novas questões sobre o acordo que encerrou o desafiante episódio contra o Kremlin, vez que uma das condições era o exílio do empresário em Belarus.

Ainda há muitas lacunas no acordo mediado por Lukashenko, com detalhes obscuros. A questão de se a presença de Prigozhin na Rússia violaria o pacto, que permitiu a transferência do líder e seus mercenários para Belarus em troca do fim da rebelião e da promessa de anistia, permanece incerta. O que se sabe é que o exílio do empresário e de alguns de seus mercenários em Belarus foi a base do acordo costurado pelo longevo presidente belarusso.

A afirmação de Lukashenko não foi verificada de forma independente. Porém, relatos da mídia russa indicaram que Prigozhin foi recentemente visto em seus escritórios em São Petersburgo. Nesta sexta, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, mais uma vez minimizou as perguntas sobre o paradeiro do empreiteiro militar e recusou-se a comentar se sua presença na Rússia violaria o acordo.

O paradeiro de Prigozhin permanece desconhecido desde que seus combatentes capturaram brevemente uma cidade no sul da Rússia e avançaram em direção a Moscou no mês passado, representando uma das maiores ameaças ao presidente Putin durante seus mais de 20 anos no poder.

Diante das preocupações levantadas sobre a possibilidade de os mercenários realizarem ataques a partir do território belarusso contra a Ucrânia, Lukashenko rejeitou essas alegações.

As tropas russas utilizaram Belarus como base antes da invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022.

 

 



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