Fonte band.uol.com.br
O pão francês faz parte da rotina dos brasileiros. Quando está quentinho, então… Hummm! Fica ainda mais gostoso, não é mesmo? O alimento é uma opção para todas as refeições do dia, mas é preciso consumi-lo com moderação para garantir uma dieta equilibrada e saudável.
Quantas calorias tem em um pãozinho? Quais são seus ingredientes? O alimento é saudável? A nutricionista Natalia Barros, mestre em Ciências Aplicadas pelo Departamento de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e fundadora da NB Clinic, em São Paulo (SP), tira todas as dúvidas sobre o pão francês aqui no Band Receitas. Confira abaixo:
Um pão francês de tamanho médio tem, em média, cerca de 140 a 150 calorias.
Os ingredientes básicos do pão francês são farinha de trigo, água, fermento, sal e, às vezes, açúcar. Além disso, alguns fabricantes podem adicionar melhoradores de farinha e outros ingredientes para melhorar a textura e a durabilidade do pão.
O pão francês pode ser incluído em uma alimentação equilibrada e saudável desde que consumido com moderação e como parte de uma dieta variada. Uma forma de tornar o pão francês mais saudável é optar por versões integrais ou adicionadas de grãos, que preservam mais nutrientes e fornecem fibras adicionais. As fibras ajudam na digestão, promovem a saciedade e auxiliam no controle dos níveis de açúcar no sangue.
Por muito tempo, o pão francês foi considerado “vilão” devido ao seu alto teor de carboidratos refinados e ao impacto que pode ter sobre os níveis de açúcar no sangue. Devido ao seu alto índice glicêmico, o pão francês pode elevar rapidamente os níveis de açúcar no sangue após o consumo, o que pode ser indesejável para pessoas com diabetes ou que buscam controlar os níveis de glicose. No entanto, quando consumido em porções adequadas e combinado com outros alimentos que retardam a absorção dos carboidratos, como as proteínas, o impacto glicêmico pode ser minimizado.
O pão francês, quando feito com farinha de trigo enriquecida, pode fornecer carboidratos, algumas proteínas e pequenas quantidades de vitaminas e minerais. Além disso, ele pode fornecer algumas vitaminas do complexo B, como tiamina, riboflavina, niacina, ferro e selênio, presentes na farinha de trigo. No entanto, esses nutrientes podem estar em quantidades limitadas devido ao processo de refinação da farinha.
A quantidade ideal de pão francês a ser consumida por dia varia de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa, seu estilo de vida e objetivos de saúde. Geralmente, recomenda-se moderação e equilíbrio na ingestão de pães e dar preferência a opções integrais que forneçam fibras e nutrientes adicionais. Cabe ressaltar que é sempre recomendado buscar orientação de um nutricionista, para adequar a alimentação às necessidades individuais.
As melhores opções de recheio para o pão francês são aquelas que contribuem para uma refeição equilibrada. Você pode optar por recheios que incluam proteínas magras, como atum, ovos, queijo branco ou cottage. Também é interessante adicionar vegetais frescos, como alface, tomate, pepino, cenoura etc. para aumentar o valor nutricional e a saciedade do sanduíche. É importante lembrar que as preferências pessoais, restrições alimentares e objetivos individuais podem influenciar as escolhas de recheio para o pão francês. O importante é buscar uma combinação equilibrada de ingredientes que atenda às suas necessidades nutricionais e gostos pessoais.
No último episódio do Minha Receita, que foi ao ar na terça-feira, dia 18, o chef Jacquin se perguntou: por que o pão francês tem esse nome no Brasil se a origem dele não é na França? A receita do pãozinho mais popular do País foi criada por aqui mesmo, entre o fim do século 19 e começo do 20, a pedido de brasileiros que voltavam da França apaixonados pela confeitaria e panificação do país.
Foi assim: na época, muitos brasileiros iam estudar na Europa e voltavam inspirados com vida e cultura francesa. Esses viajantes da elite descreviam um pão que costumavam comer por lá, de casca crocante e dourada, miolo branco, cilíndrico, provavelmente um antecessor da baguete francesa.
Até então, as padarias tinham pães portugueses e italianos, e o pão mais comum era um de miolo e casca escuras. Cozinheiros de famílias de elite e padarias de São Paulo foram pressionados a reproduzir esse pão descrito. A massa criada não era idêntica à consumida na França, mas ganhou esse nome no Brasil: o pão francês.
O pão desenvolvido no começo do século passado ainda não era idêntico ao pãozinho que comemos hoje, sendo um pouco maior. Ao longo do século 20, a receita foi se adaptando, inclusive mudando de tamanho e de consistência.
Hoje, o pão francês já faz parte da família brasileira, ganhando diferentes nomes em cada parte do País. No Rio Grande do Sul é conhecido como “cacetinho”, enquanto no Ceará é chamado de “carioquinha”. No Rio Grande do Norte é também “pão d'água" e na Bahia, “pão de sal”. Já se você for ao litoral paulista, por lá é intitulado “média”. Para não ter erro, todo brasileiro conhece pelo nome “pão francês”.
