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Pelo menos cinco pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas num ataque aéreo russo que atingiu de madrugada um prédio em Lviv, na Ucrânia, a cerca de 70 quilómetros da Polónia.
A tragédia podia ter sido maior: pelo menos 10 abrigos antimíssil estavam fechados. As autoridades abriram um processo-crime e ordenaram daqui em diante a abertura sem limites de todos os abrigos na cidade, noticia a agência Interfax.
As defesas antiaéreas ucranianas terão neutralizado sete dos 10 mísseis disparados pela Rússia, a partir do Mar Negro, contra alvos em Lviv, por volta da uma da manhã desta quinta-feira, hora local (menos duas horas em Lisboa).
Além do edifício residencial onde morreram as cinco pessoas, com idades entre os 21 e os 95 anos, mais de 30 outros prédios, um orfanato e duas universidades também ficaram danificados, revelaram as autoridades locais.
Pelo menos 64 pessoas tiveram de deixar as suas casas, informou o Ministério da Administração Interna da Ucrânia.
Alguns residentes do prédio mais atingido relataram uma experiência aterradora.
"Regressei e descobri que a minha mãe e os meus vizinhos tinham morrido. Parece que fui a única sobrevivente do quarto andar. É um milagre", dizia uma mulher aos jornalistas, pela manhã.
Uma outra, mais velha, disse que "se não fossem os socorristas", não tería saído do apartamento. "Os socorristas arrombaram a porta e deixaram-nos sair. Fiquei sem o apartamento... Não tenho palavras. Fiquei sem nada", lamentou.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, publicou imagens registadas por _drone d_os edifícios atingidos em Lviv vistos de cima. O terceiro e o quarto andares do edifício mais atingido ficaram destruídos.
Centenas de milhares de refugiados de guerra ucranianos procuraram segurança em Lviv, vindos de outras zonas a leste. É também a cidade onde as crianças expatriadas pela guerra regressam para se reencontrar por alguns dias com os pais que combatem a invasão russa na linha da frente.