Fonte ultimosegundo.ig.com.br
Na manhã desta segunda-feira (26), o ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, fez sua primeira aparição pública após a tentativa de rebelião realizada pelo grupo mercenário conhecido como Wagner. Ele era um dos alvos dos mercenários, que anunciaram a retirada das tropas e que encerrariam a rebelião contra o comando militar russo um dia após o início do motim, na última sexta (23).
Shoigu apareceu supervisionando tropas russas em território ucraniano, em vídeo divulgado pela televisão estatal russa. O ministro se encontrou com o líder de uma das unidades das tropas russas na Ucrânia, coronel-general Nikiforov, comandante do grupo ocidental.
A reunião entre eles foi divulgada pela Ria , agência de notícias do Kremlin, no Telegram . "O ministro também deu especial atenção à organização do apoio às tropas envolvidas na operação militar especial, e à criação de condições para o destacamento seguro de pessoal", afirmou o comunicado.
Shoigu foi um dos alvos de insatisfação na rebelião do Grupo Wagner. Na ocasião, os paramilitares assumiram o controle do quartel-general militar ao sul da Rússia.
O líder do grupo, Yevgney Prigozhin, acusou o ministro e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, de incompetência e corrupção. Depois, exigiu que eles fossem entregues ao Wagner como forma de garantir que a justiça fosse restaurada.
Nesse sábado (24), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve negociações entre as partes, mediadas pelo governo de Belarus, e um acordo foi alcançado com o grupo. Ele acrescentou que "evitar derramamento de sangue é mais importante do que perseguir alguém criminalmente".
Nenhum dos membros do grupo Wagner que participaram da rebelião será alvo de perseguição criminal. Os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
Embora Shoigu tenha sido flagrado pela TV estatal russa, desde confirmação do acordo, Valery Gerasimov não foi mais visto publicamente.