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Atualidade
02/05/2023 18:00:00

Após nova crise com garimpeiros ilegais, governo envia comitiva ao território Yanomami


Após nova crise com garimpeiros ilegais, governo envia comitiva ao território Yanomami

Após conflitos no final de semana, que resultaram na morte de quatro garimpeiros e no ferimento de três indígenas, o governo enviou nesta segunda-feira (1º) uma equipe multiministerial ao território Yanomami. As ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara e da Saúde, Nisia Trindade, devem anunciar ações de reforço de segurança na área nesta tarde.

No último sábado (29), a comunidade indígena sofreu um ataque, que resultou em três Yanomami baleados. Segundo lideranças indígenas, uma das vítimas, um agente de saúde que atuava na comunidade, morreu no local e as outras duas vítimas foram socorridas no posto de saúde que funciona na própria reserva e, posteriormente, transferidas para o Hospital Geral de Roraima, onde estão internadas.

No domingo (30), quatro garimpeiros ilegais morreram em uma troca de tiros com a Polícia Rodoviária Federal e Ibama. Os policiais apreenderam um arsenal de armas, com fuzil, três pistolas, sete espingardas e duas miras holográficas, além de munição de diversos calibres, carregadores e outros equipamentos bélicos.

AÇÕES DE DESINTRUSÃO DE CRIMINOSOS

Sônia Guajajara confirmou a ida da comitiva por meio do Twitter. Ela também pediu reforço por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Federal (PF) para apurar informações sobre o caso. 

“A situação de invasores na Terra Indígena Yanomami vem de muitos anos e, mesmo com todos os esforços sendo realizados pelo governo federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território.” 

Em nota, a PF informou que, com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), enviou, na madrugada de ontem (30), duas equipes ao local “com o intuito de investigar o ocorrido e interromper eventuais agressões que ainda estivessem em andamento”. 

“Indígenas teriam entrado em confronto e trocado tiros com garimpeiros na data de sábado (29)”, destacou o comunicado. “Durante as diligências, a PF apurou indícios dos crimes cometidos contra os indígenas, ouviu testemunhas, realizou perícia de local de crime e aguarda a elaboração dos respectivos laudos e relatórios para prosseguimento das investigações”. 

CONFRONTO ENTRE GARIMPEIROS E A PRF

Além do ocorrido no domingo, garimpeiros ilegais já haviam entrado em conflito com a PRF outras vezes. O primeiro ataque a tiros foi no dia 23 de fevereiro, na base de fiscalização montada na comunidade Palimiú, no rio Uraricoera. Garimpeiros armados furaram o bloqueio e atiraram contra agentes do Ibama. Um dos invasores foi baleado na reação da polícia.

Outro confronto ocorreu no dia 14 de março, durante abordagem a garimpeiros na região de Waikás, no Rio Uraricoera. Ninguém ficou ferido e dois garimpeiros foram detidos.

O último ataque ocorreu na região do rio Couto de Magalhães, no dia 28 de abril. Garimpeiros alvejaram o helicóptero em que os agentes da PRF estavam, mas ninguém se feriu. Os equipamentos dos invasores foram destruídos pelo Ibama e PRF.

diário do nordeste

 


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