Ainda conforme os dados apresentados pela Sesau, os atendimentos com médico clínico-geral representam aproximadamente 90% do total de usuários assistidos nas UPAs. Outro dado que chama a atenção é o fato de que o atendimento clínico resolve cerca de 80% dos casos, sem que seja preciso encaminhar para outro especialista ou transferir para um hospital, para receber atendimento de Alta Complexidade.
Segundo Maryana Barbosa, diretora da UPA Jaraguá, a presença do médico clínico dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento é fundamental. “Ele avalia o paciente de forma integral, respeitando a singularidade de cada usuário. Ele é capaz de dar diagnósticos gerais e conduz os pacientes para terapias imediatas, com bastante excelência”, disse a gestora.
Ela lembra que a clínica médica é uma área da residência que forma médicos clínicos-gerais e é considerada uma das bases da Medicina. “Conseguimos ter um alto índice de resolutividade dos casos, além de um encaminhamento seguro e mais eficaz do usuário. Quando a resolução não ocorre na UPA, o médico clínico faz o encaminhamento para uma unidade hospitalar, evitando complicações do quadro apresentado pelo paciente”, salientou Maryana Barbosa.
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, as UPAs cumprem papel fundamental na assistência pré-hospitalar e ajudam a evitar a superlotação dos hospitais. "Para reduzir o grande fluxo de pacientes na Rede Hospitalar, o Governo do Estado investiu na construção de seis novas UPAs, sendo cinco em Maceió e uma em Arapiraca. Com isso, ampliamos a assistência e agilizamos o atendimento", destacou o gestor da saúde estadual.
A médica Kassiele Menezes, da UPA Jaraguá, explica a rotina de atendimentos clínicos na unidade. “Aqui na UPA o clínico tem como objetivo avaliar, diagnosticar e tratar diversas condições. Nós somos, muitas vezes, a primeira pessoa a atender o paciente, fazer o exame físico e solicitar exames complementares quando necessários. Aqui, muitas vezes, precisamos até referenciar o paciente para unidades mais especializadas”, esclareceu.
UPAs Estaduais
Em Alagoas, seis UPAs são mantidas pelo Governo do Estado, por meio da Sesau, assegurando atendimento pré-hospitalar, intermediário entre a Atenção Básica, de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) e da Alta Complexidade, que é de atribuição do Estado e da União. Além de uma UPA situada no interior, na cidade de Arapiraca, a Rede de Saúde Estadual conta com cinco em Maceió, localizadas nos bairros Cidade Universitária, Tabuleiro do Martins, Chã da Jaqueira, Jacintinho e Jaraguá.
Quando procurar as UPAs
As UPAs funcionam 24 horas por dia, todos os dias da semana e podem resolver grande parte das urgências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. Além de exames laboratoriais e de raios-X, visando auxiliar no diagnóstico apresentado pelos pacientes, as UPAs contam com leitos de observação.
A ordem de chegada não é o único critério utilizado para os atendimentos médicos nas UPAs. É necessário observar a gravidade de cada caso e, para isso, utiliza-se o Protocolo de Manchester, que foi criado na década de 1990 e considera alguns parâmetros como intensidade das dores, sinais vitais, sintomas, glicemia e quadro clínico.
Na ordem crescente de prioridade no atendimento, a cor azul representa os casos menos graves e o atendimento é considerado não urgente, e a cor vermelha representa os casos mais graves e o atendimento é emergente.
Entenda as cores das pulseiras:
- Vermelho: emergente.
- Laranja: muito urgente.
- Amarelo: urgente
- Verde: pouco urgente
- Azul: não urgente
Fonte / Ascom Sesau
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