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01/03/2023 19:00:00

Em funcionamento desde 2011, Central de Alternativas Penais atende mais de dois mil beneficiários em AL

Em funcionamento desde 2011, Central de Alternativas Penais atende mais de dois mil beneficiários em AL

A Central de Alternativas Penais (Ceapa) possibilita a execução da decisão judicial e impacta positivamente nas ações coordenadas pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Quer saber o motivo? Trata-se de uma medida alternativa à prisão e é direcionada a pessoas que cometeram crimes de menor potencial ofensivo.

Em funcionamento desde 2011, a Central se consolidou em Alagoas devido ao empenho dos policiais penais e da equipe técnica inserida no projeto. Atualmente, a Ceapa conta com uma unidade em Maceió e outra em Arapiraca que juntas acompanham 2.285 processos de beneficiários que cumprem suas penas em 110 instituições parceiras cadastradas.

Para o chefe de Alternativas Penais, policial penal Daniel Miranda, o trabalho desenvolvido pela Ceapa proporciona inúmeros benefícios. “A pena alternativa é uma oportunidade ressocializadora. A Ceapa tem a incumbência de desenvolver um acompanhamento eficaz para que o beneficiário entenda a sua responsabilidade social e não reincida”, disse.

“A gama de funções do policial penal é muito grande e neste trabalho da Ceapa vemos a finalidade, que é o acompanhamento do cumprimento da pena”, completou o gestor.

Seleção e encaminhamento

 Para que seja designado o local onde o condenado irá cumprir sua pena alternativa, a equipe multifuncional composta por psicólogos, assistentes sociais e advogados realiza uma análise do perfil de cada indivíduo. “Esse processo é fundamental para que as instituições recebam pessoas que possam contribuir para sanar suas dificuldades”, afirmou a psicóloga Denise Werneck. “Por meio da entrevista conseguimos identificar o perfil do cumpridor e direcionamos seus serviços para instituições compatíveis. Isso tem sido fundamental para o andamento eficiente do cumprimento das penas”, finalizou a psicóloga.

Grupos de trabalho

Outra frente de atuação da Ceapa é por meio da formação de grupos temáticos de trabalho, como é o caso do Despertar. Este grupo tem como objetivo proporcionar reflexão sobre crimes que foram cometidos no ambiente familiar, especialmente os que dizem respeito à Lei Maria da Penha.

Por meio de palestras, visa proporcionar maior compreensão dos comportamentos, para, desta forma, ressignificá-los e romper o ciclo da violência. “Com esse projeto não tivemos reincidência, então é um trabalho que se mostra eficiente e importante”, afirmou Miranda.

Jurisprudência

No Brasil, existem cinco modalidades de penas alternativas: prestação pecuniária; perda de bens e valores; prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; interdição temporária de direitos; e limitação do fim de semana.

Previsto no artigo 44 do Código Penal, as penas restritivas de direitos poderão substituir a prisão quando a pena for inferior a quatro anos e o crime cometido não tiver caráter de crime violento ou de grave ameaça, ou seja, os de menor potencial ofensivo.

Se a pena não ultrapassar um ano, o condenado poderá pegar multa ou cumprir pena alternativa. No entanto, caso exceda um ano, a pena deverá ser substituída por multa e pena alternativa ou por duas penas alternativas. Vale ressaltar que as penas poderão culminar em prisão quando o condenado descumprir as determinações da Justiça.

A Central de Alternativas Penais está localizada na Rua Dez de Novembro, nº 271 - Pitanguinha, Maceió – AL. O contato pode ser feito presencialmente, por telefone: (82) 3315-2020 ou pelo e-mail: ceapa@seris.al.gov.br. A Ceapa funciona de 8h às 17h de segunda a quinta e de 8h às 14h as sextas-feiras.

*Redação Alagoas Alerta com Ascom Seris