Desde 24 de fevereiro de 2022, a educação de milhões de crianças ucranianas foi interrompida. Em Kiev, embora a situação tenha mudado muito em um ano, a escola continua a mostrar resiliência diante da guerra.
Aurore Lartigue, enviada especial da RFI a Kiev
Muitas cadeiras permanecem vazias nesta manhã de terça-feira de fevereiro na sala de aula da professora Gurnitskaya. À sua frente, apenas um punhado de crianças faz exercícios de francês. Eles são somente uma parte da classe. Na tela do computador colocado na mesa em frente à professora, aparecem os avatares digitais de outros três alunos que estão acompanhando o curso remotamente.
Desde o início do ano letivo, em setembro, as salas de aula de muitos estabelecimentos de ensino estão de cara nova, como a escola nº 49, localizada no centro da capital ucraniana, que oferece classes bilíngues em francês, a partir do primeiro ano do ensino fundamental.
“Das 611 crianças que o estabelecimento costuma acolher, cerca de 200 seguem aulas presenciais, 266 estão no exterior e as demais ainda moram na Ucrânia, mas saíram de Kiev”, na maioria dos casos, foram para regiões do oeste do país, menos expostas ao conflito, detalha a diretora Alla Souleymanova.
Em um ano de guerra, o sistema educacional ucraniano teve que se adaptar. A região de Kiev está relativamente bem. Em outras partes do país, como Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, que ainda vive sob a ameaça de ataques russos, as portas das escolas permanecem fechadas e o ensino é feito exclusivamente à distância.
yahoo notícias