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O secretário da Fazenda George Santoro já não esconde sua insatisfação com os rumos do governo Paulo Dantas.
Há, sim, um grande desconforto dele com a visão do grupo mais restrito do governador, que vai ganhando outros personagens de destaque já nos primeiros meses da “nova administração”.
Ele tem confidenciado a alguns mais próximos a ele que sua paciência está quase ultrapassando o limite, e que não enxerga perspectiva de retomar o comando efetivo da Fazenda - como detinha por conquista. Diz que ainda não sabe para onde vai, mas há de saber também que não há de lhe faltar lugar para tentar repetir suas façanhas nas finanças públicas combalidas de algum outro estado (ou até lá em Brasília).
Ressalte-se: à medida que alguns nomes crescem no centro do poder local, Santoro vai perdendo em importância para o Palácio – o que vai ficando visível.
Os casos mais claros são os de Victor Pereira, secretário de Governo – que herdou alguns programas fundamentais para o titular da Fazenda, como as PPPs –, e de Renata dos Santos, que já assumiu a condição de “favorita” de Dantas para os assuntos de finanças públicas (e pode assumir a própria Secretaria da Fazenda).
Criador e criatura já não conversam no mesmo tom e na mesma frequência de outros tempos.
Para piorar o ânimo do competente secretário, ele já vê como fogo amigo algumas críticas mais duras a sua atuação. Bem, em política o possível virá provável rapidinho.
A turma do “deixa disso” já está atuando, inclusive em Brasília, onde Santoro transita como muita intimidade, para que ele não jogue a toalha. Ou, numa versão mais contundente, não chute o balde.
O que segura Santoro por aqui ainda?
A sua adaptação – e da família – ao ambiente político e social de Alagoas.
Imagino, pelo histórico, que não seja um bom negócio para o governo de Alagoas perder um técnico/político que já mostrou tanta capacidade e que sabe fazer boas limonadas do fruto azedo (o suco já foi quase todo consumido e a fruta vai se proliferando feito uma praga).
cada minuto
