Neste mês de julho, completa-se quase sete meses desde que União dos Palmares, município situado na Zona da Mata alagoana, foi marcada pela dor da perda de 20 vidas em um acidente envolvendo um ônibus originalmente adaptado para transporte escolar e que, posteriormente, passou a ser utilizado para fins turísticos. O desastre rodoviário, considerado o mais grave da história do município que viu nascer o poeta Jorge de Lima, conhecido como o Príncipe dos Poetas Brasileiros, ainda ecoa na memória da população.
A tragédia, ocorrida durante uma celebração em homenagem ao falecimento do líder negro Zumbi de Palmares, que teria se hospedado em União dos Palmares, deixou uma cicatriz profunda na comunidade, especialmente nas famílias das vítimas. Os verdadeiros responsáveis pelo ocorrido permanecem protegidos sob o véu da impunidade, enquanto a dor e o sentimento de injustiça persistem.
Embora escassas, as evidências existentes são suficientes para apontar os culpados. Dias antes do acidente, o motorista do veículo relatou à esposa que o ônibus apresentava falhas mecânicas, como a perda de potência do motor, mesmo após uma suposta revisão. Outro aspecto importante é que o veículo não fazia parte da frota oficial do município, sendo alugado de terceiros. Resta saber se o contrato de locação estava vigente, qual o valor envolvido e, principalmente, quem era o responsável legal pelo veículo naquele momento.
A grande interrogação que permanece é se a perícia será capaz de revelar os verdadeiros culpados por essa tragédia: falha técnica ou negligência humana? Enquanto isso, a dor pela perda de 20 vidas, entre elas crianças e idosos, segue sem resposta e sem justiça.
Antonio Aragão
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