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27/07/2007 00:00:00

Saúde


Saúde

Dezenas de médicos vestiram-se de preto, pintaram seus rostos com as cores azul e vermelho – cores da bandeira do Estado – e foram para a porta do Palácio República dos Palmares, em mais um ato da categoria em defesa de melhores condições de trabalho.

Em greve há dois meses, o ato é uma tentativa de sensibilizar o governo e por um ponto final ao impasse criado sobre o reajuste salarial exigido pela categoria que culminou na demissão em massa de servidores. Os médicos haviam programado a assinatura de outras demissões, durante o ato, mas resolveram levar a decisão à assembléia, marcada na próxima segunda, às 19h no Sindicato.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Welington Galvão, a categoria resolveu esperar porque acredita que a mediação do Ministério Público pode resultar na reabertura das negociações. “Nós só queremos que haja um entendimento com o Estado, que eles compreendam a situação da Saúde em Alagoas e acenem com uma proposta positiva”, disse Galvão.

Até às 18h, a categoria estará concentrada em frente ao Palácio, onde mantém a Rua Cincinato Pinto bloqueada. Os médicos reivindicam 50% de reajuste e melhores condições de trabalho.

Demissões

Hoje, o juiz José Henrique Coelho Dias da Silva, da 6ª Vara da Fazenda Pública do Recife, acatou o pedido do Governo estadual e determinou a volta imediata ao trabalho de 28 médicos que pediram demissão de seus cargos em hospitais da rede estadual em Pernambuco.

A ordem judicial foi uma resposta a uma ação do procurador-geral do estado, Tadeu Alencar, contra os médicos. Que afirma que a greve pode ser legítima, mas é inconseqüente.

Sobre o assunto, Welington Galvão, acredita que não deva acontecer algo parecido em Alagoas. Ele disse que o prazo de 30 dias concedido pelos médicos, ao Estado, para que sejam encontrados outros profissionais para assumir os cargos são uma prova de que as demissões coletivas estão sendo feitas com responsabilidade.

“Ninguém quer pedir demissão, é uma decisão muito difícil, resultado da saturação desse processo. Chega a ser uma atitude desesperada desses profissionais que estão lutando pela melhoria das condições de Saúde no Estado”, completou.

Fonte - www.alagoas24horas.com.br // Danielle Silva, Priscylla Régia



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