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23/07/2007 00:00:00

Política


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Aurélio Novais
 

O governador Teotonio Vilela Filho recebeu na manhã desta sexta-feira, no Palácio República dos Palmares, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado e o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da Agência, Lotufo Conejo, que vieram apresentar em Alagoas o Atlas Nordeste-Abastecimento Urbano de Água.

O evento, organizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, reuniu, entre outras autoridades, o senador João Tenório; o deputado federal Cristiano Matheus; os parlamentares estaduais Judson Cabral e Fernando Toledo, e o prefeito de Piranhas, Inácio Loiola.

O Atlas Nordeste é um estudo sobre o planejamento de alternativas de oferta de água para as sedes municipais dos estados da região Nordeste e o norte de Minas Gerais. Ele traça uma radiografia dos recursos hídricos disponíveis, sejam eles mananciais de superfície ou águas subterrâneas. Aponta ainda as deficiência dos sistemas de abastecimento e as soluções para os problemas do setor.

De acordo com o presidente da ANA, José Machado, o estudo faz uma projeção para o fornecimento satisfatório de água nos centros urbanos até 2025. Ele afirma que 90% dos 85 municípios alagoanos elencados na publicação – todos com população acima de 5 mil habitantes – podem sofrer colapso no abastecimento a médio prazo. “Este é um fato preocupante. As cidades terão de investir em infra-estrutura para não enfrentar, mais tarde, um quadro de anormalidade no abastecimento de água”, alertou.

Ainda na sua fala, Machado fez questão de ressaltar o comprometimento do governo de Alagoas com a questão dos recursos hídricos. “Estive reunido, quinta-feira, com Teotonio Vilela. Ele sabe que a iniciativa de buscar resultados positivos para a população, melhorando o abastecimento, cabe aos gestores. É pensando nisso que Teo quer fortalecer mais a parceria entre o Estado e a ANA. Vamos trabalhar mais juntos”.

Em seu discurso, o governador Teotonio Vilela elogiou a prioridade que a Agência deu a Alagoas, escolhendo-a como o primeiro Estado do Nordeste a receber oficialmente a apresentação do Atlas. E aproveitou para lembrar que o investimento na área hídrica em Alagoas é uma das prioridades do seu governo.

“Cuidar das águas é cuidar de nós mesmos, da nossa essência. Garanto que Alagoas não ficará fora do Pró-Água nacional. Juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, estamos apresentando vários projetos ao governo federal, a fim de assegurarmos recursos para garantir o desenvolvimento do setor hídrico. O Canal do Sertão, por exemplo, está a pleno vapor, assim como estamos abrindo concorrência para dar continuidade às obras da Adutora Pratagy. Além disso, estão previstos quase R$ 1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para investirmos nos sistemas hídricos do Estado”, falou.

Ana Catarina Pires, secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, explicou que o Atlas Nordeste representa um avanço para aqueles que trabalham com o planejamento dos recursos hídricos. “Tenho muitos anos de experiência na área e posso assegurar que o Atlas é um dos trabalhos mais completos que já vi. Os gestores municipais e estaduais têm em suas mãos uma ferramenta eficaz, que vai lhe economizar tempo e dinheiro. Essa publicação vai nortear suas ações, traçar os melhores caminhos para investimentos em infraestrutura. Implantando políticas seguras de abastecimento, esses gestores garantirão que, no futuro, tenhamos uma situação de abastecimento de água regular nas cidades”, ressaltou.

O diretor de Operações da Casal, Jorge Briseno, concorda que o Atlas é um referencial para o direcionamento correto da aplicação dos recursos nos municípios. “As cidades cresceram e se modernizaram, mas os sistemas não acompanharam esse desenvolvimento. O Atlas, portanto, é um trabalho objetivo, que pode ajudar na melhoria desses sistemas de abastecimento”, disse.

A Companhia opera em 77 municípios alagoanos. O Atlas Nordeste foi coordenado pela ANA, com a cooperação das Secretarias de Recursos Hídricos dos Estados e o acompanhamento dos Ministérios da Integração Nacional, das Cidades e da Saúde. O trabalho contempla mais de 1.300 municípios, com uma população média de 34 milhões de habitantes. A ANA planeja elaborar uma segunda etapa do Atlas, abordando nessa fase os municípios com menos de 5 mil habitantes. Isso fecharia o ciclo, contemplando todos os municípios da região Nordeste. Os recursos para elaboração do trabalho viriam do Pró-Água Nacional, programa federal que espera aprovação do Senado.

Fonte - Agência Alagoas


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