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22/07/2007 00:00:00

Política


Política

Patrícia Bastos
Gilvan Ferreira

Repórteres


A proximidade das eleições faz com que os grupos políticos comecem a se armar para enfrentar o duro período de campanha eleitoral.
Além das articulações de bastidores, os prováveis candidatos já colocam em prática estratégias para tentar derrubar a popularidade de seus oponentes. Nos municípios em que fortes grupos se enfrentam pelo comando das prefeituras, as táticas são menos sutis, como em Pilar e Delmiro Gouveia, em que os prefeitos afastados provisoriamente do cargo, são alvo de processo de impugnação de mandado, ou impeachment, pelas câmaras municipais.

Afastado do cargo tenta estratégia
Por enquanto, Marcelo Lima, que já havia sido afastado da Prefeitura de Delmiro em outras duas ocasiões, concentra as suas forças em retomar o mando do município até o fim do ano que vem. A primeira estratégia é tentar anular a sessão da Câmara que aconteceu na última quarta-feira, que segundo ele está “recheada de irregularidades”.
“Eu já fui absolvido por eles mesmos por aquelas denúncias que foram apresentadas como justificativa para meu afastamento. Aquela sessão, em que até mesmo a ata foi fraudada, não passou de um golpe para me derrubar”, declarou.

Estrela de olho em eleições de 2008
Delmiro Gouveia e Pilar não foram os únicos municípios que enfrentaram afastamentos de prefeito este ano. Em Estrela de Alagoas a conjuntura é diferente, o que está em jogo ainda é o mandato de 2008, mas também pode ser usado como exemplo de como as manobras políticas influenciam no comando do município.
A ex-prefeita Ângela Garrote (PP) teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político, depois de uma disputa judicial que vinha desde sua posse em 2005.

Pilar: colisão depois da vitória nas urnas
A disputa pelo comando do município de Pilar também envolve, como em Delmiro Gouveia, antigos aliados políticos, que entraram em rota de colisão depois da vitória nas urnas. O prefeito de Pilar, Marçal Prado, afastado do cargo no último dia 14 de junho, chegou ao comando do município em 2004 – com a “benção” do ex-prefeito e atual deputado federal Carlos Alberto Canuto (PMDB), que o considerava “homem de confiança”.

Comando da prefeitura continua com base aliada
Apesar da “guerra” entre os antigos integrante do grupo aliado, a Prefeitura de Pilar continua sob o comando de um aliado do deputado federal Carlos Alberto Canuto (PMDB).
Com a queda do prefeito Marçal Prado (PSDB), afastado do cargo há 38 dias, por decisão do juiz da comarca de Pilar, Rodolfo Osório Gatto – que acatou denúncia do Ministério Público (MP) de envolvimento de Prado em irregularidades administrativas e desvio de R$ 3 milhões dos cofres do município –, o presidente da Câmara de Pilar, vereador Oziel Barros (PTdoB), passou ao comando dos destinos do município.

Depois do afastamento, sumiço
Antigo aliado do governador Teotonio Vilela, do mesmo PSDB, e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), o prefeito afastado Marçal Prado tem reclamado da falta de apoio político, que o teria abandonado. Prado reclama que no início da crise chegou a tentar uma audiência com o senador Renan Calheiros, mas não foi recebido em seu gabinete do Senado.
As mágoas de Prado também são dirigidas ao governador Teotonio Vilela e ao seu próprio partido. Segundo seus assessores, a direção do PSDB tinha prometido divulgar uma nota de solidariedade e uma declaração pública de apoio, que, apesar das promessas, não foram cumpridas.

Fonte - Jornal Gazeta de Alagoas



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