Acusado de assassinar o capitão da Polícia Militar, Rodrigo Moreira Rodrigues, em abril de 2016, Agnaldo Lopes de Vasconcelos foi condenado, nesta segunda-feira (4), a 17 anos e três meses de prisão, a ser cumprido em regime inicialmente fechado. Foram 14 anos e três meses pelo homicídio qualificado e três anos por porte ilegal de munição restrita. O julgamento foi conduzido pelo juiz Anderson Passos, auxiliar da 9ª Vara Criminal da Capital.
Desde
o início do julgamento, por volta das 10h, até o final, às 23h50, o salão do
júri permaneceu lotado por familiares da vítima, do réu e de colegas de farda
do capitão Rodrigues. Para o tenente-coronel Marlon Araújo, comandante da Radiopatrulha,
a condenação deixou os militares orgulhosos.
“Acho
que para a instituição Polícia Militar, para o Batalhão do Major Rodrigo
Rodrigues, a gente sai daqui com sentimento de justiça e de que vale a pena
proteger a sociedade, esse é o sentimento que a gente sai daqui e com muito
orgulho. Sempre a gente acreditou na justiça e por isso saímos muito maior do
que chegamos”, disse o tenente-coronel.
Durante
o julgamento, o Ministério Público de Alagoas (MP/AL), representado pelo
promotor José Antônio Malta Marques, pediu a condenação do réu por homicídio
qualificado por ter sido cometido contra um oficial em serviço. Os advogados
Welton Roberto e Bruno Araújo atuaram como assistentes de acusação.
“O
MP/AL não se sente vitorioso, mas sente que se fez Justiça não só a uma
família, a um filho, uma esposa, mas a instituição Polícia Militar e ao Estado
de Alagoas. Enfim, prevaleceram as provas compostas dentro dos autos, todo o
conjunto probante, tanto a prova material como testemunhal. Hoje de forma
harmônica atestaram que o acusado realmente deveria ser condenado porque como
ele próprio admitiu sabia que estava atirando contra um policial militar”,
disse o promotor José Antônio Malta Marques.
Já
os advogados do réu, Joanisio Pita de Omena Júnior, Joanísio Pita de Omena Neto
e Raimundo Palmeira, defenderam que Agnaldo Lopes agiu em legítima defesa. Caso
os jurados não acatassem a tese, a defesa pediu a desclassificação do homicídio
para culposo.
Capitão Rodrigues
O
capitão Rodrigues morreu após ser atingido por um tiro, que perfurou o pulmão,
durante uma operação da Polícia Militar em abril de 2016, no bairro Santa
Amélia. A guarnição da Radiopatrulha estava a procura de um celular roubado
quando bateram a porta de Agnaldo Lopes, já que o GPS indicava que o aparelho
poderia estar naquela residência. Depois foi descoberto que o celular estava em
outra casa próxima ao local onde o policial foi alvejado.
Rodrigo
Moreira Rodrigues ingressou na Polícia Militar de Alagoas em 2003 quando passou
em primeiro lugar no, então, vestibular para o Curso de Formação de Oficiais
(CFO). Após sua morte em serviço, o capitão foi promovido a major, conforme o
Estatuto da Polícia Militar de Alagoas. Entre as homenagens pelos serviços
prestados, o Batalhão de Polícia de Radiopatrulha, o qual atuava, recebeu o
nome do oficial.
Robertta
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