A delegada
Tereza Ramos, do 8º Distrito da Capital, pediu à Justiça a prisão preventiva de
uma mulher de 48 anos, suspeita de crime de estelionato.
Ela se passava
por advogada e convencia as vítimas a lhe dar uma antecipação em
dinheiro, que variava em torno dos R$ 1 mil, para que conseguisse a liberação
de precatórios do Estado e das diferenças do Plano Bresser.
Somente no 8º DP
a falsa advogada está indiciada em quatro inquéritos, e a
polícia sabe que muita gente caiu no golpe, em Maceió.
Uma das vítimas,
V. S. M., conta que trabalha na Secretaria da Saúde e soube que a acusada tinha
escritório no Edifício Harmony, no bairro de Mangabeiras, e estaria agilizando
o recebimento de precatórios.
O marido dela,
P. V. F., funcionário da Eletrobras, tinha um dinheiro a receber do Plano
Bresser, e chegou a pagar R$ 1.300, mas até hoje nada foi feito.
Ela também pagou para receber precatórios, e garante que várias colegas de
secretaria também caíram no golpe.
A polícia
descobriu que a mulher, na verdade, não é advogada e sumiu, depois
das denúncias feitas por suas vítimas. O escritório do edifício Harmony nunca
existiu.
V. M. S. F. –
outra vítima -, ao prestar depoimento na delegacia, relatou que também pagou R$
1.300 à falsa advogada, que envolvia nomes de juízes, promotores de
Justiça e até desembargadores, como possíveis pessoas que facilitariam a
liberação dos precatórios.
Segundo ela, a
suspeita sempre lhe pedia que indicasse mais alguém que tivesse precatório a
receber. Recorda ainda que a falsa advogada disse que ela
precisava de um atestado médico, informando um problema de saúde, como câncer
já em fase terminal, para que o dinheiro saísse mais rápido.
A delegada já
indiciou a mulher pelo crime de estelionato (Art. 171, da Lei 2.848/40 – Código
Penal). <> Tribuna Hoje //