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Alagoas
11/03/2017 18:32:49

Brotherhood: Operação da PF descobre rombo de mais R$ 20 milhões


Brotherhood: Operação da PF descobre rombo de mais R$ 20 milhões
Cúpula da PF em Alagoas explicou ação

A Polícia Federal divulgou na manhã desta sexta-feira (10) o balanço da segunda fase da “Operação Brotherhood”, que investiga fraudes em licitações para distribuição da merenda escolar em municípios de Alagoas e Pernambuco. Ficou constatado que existe um novo rombo nos cofres públicos, dessa vez girando em torno de R$ 20 milhões.

A operação contou com a ação de policiais federais e membros da Controladoria Geral da União (CGU), que constataram novas irregularidades, a partir da documentação avaliada durante a primeira fase da operação, em junho de 2016.

Desta vez, ficou constatado que o mesmo grupo, agiu de forma diferente, para aparentar legalidade no processo. A organização contava com várias empresas, que tinham sócios em comum, participavam da concorrência e apresentavam propostas falsas, decidindo entre eles quem seria a ganhadora e consequentemente assumir o serviço.

Diante do exposto, as empresas não estariam repassando os materiais para os contratantes, ou seja, os municípios. As notas eram “quentes”, verdadeiras, as vendas eram faturadas, mas os produtos não eram entregues.

“Temos indícios bastante consistentes de que boa parte das notas fiscais emitidas não corresponderam as entregas efetivas. Ou seja, foi emitida uma nota fiscal, foi paga, e não houve a entrega de nenhum produto relativo aquela nota fiscal. E isso a gente conseguiu evidências bastantes robustas durante a análise do material da primeira fase”, afirmou delegado federal, Roberto Curi.

Desta forma, foi identificado um novo rombo nos cofres públicos dos municípios envolvidos, que giram em torno de R$ 20 milhões. Vale lembrar, que na primeira fase da operação, o desvio de verbas da merenda foi de aproximadamente R$ 12 milhões, segundo a CGU.

“Neste primeiro momento estamos preocupados em detectar o modus operandis da empresa e o grupo de empresas que participa da fraude. Surgem durante as análises diversas irregularidades de servidores públicos. São muitos, porque são muitos municípios. Dependemos do conjunto final dessa análise para saber o que foi mero erro de servidor e o que foi realmente um ato criminoso”, concluiu.

As ações foram realizadas na capital Maceió e nos municípios de Ibateguara, Rio Largo, São Luiz do Quitunde, Limoeiro do Anadia, Igreja Nova, Joaquim Gomes, Atalaia, Pindoba, Traipu, e São Miguel dos Campos, além dos municípios de Quipapá e Paulista, em Pernambuco.

A princípio, um pregoeiro e dois secretários municipais haviam sido conduzidos coercitivamente para a sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. Durante a coletiva, os delegados afirmaram que outros servidores também foram ouvidos e posteriormente serão investigados se tem ou não, participação nas fraudes.

Participaram da coletiva, além do delegado Roberto Curi, Nelton Martin Yin Filho, superintendente substituto da CGU em Alagoas, Daniel Silvestre de Lima, chefe da delegacia regional de combate ao crime organizado e Bernardo de Torres, superintendente da PF em Alagoas. <> Cada Minuto //



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