Uma dúvida que paira entre a rotina intima das mulheres é
identificar a diferença entre secreção vaginal e corrimento. Todo líquido que
sai da região da vagina é chamado de corrimento, porém na área médica esse
termo indica situações anormais na saúde íntima.
A mulher costuma eliminar naturalmente uma espécie de muco pela vagina,
decorrente da descamação das células do útero. Mesmo que incômoda, a secreção
vaginal é um estado comum e deve receber alerta somente em alguns casos. A
higiene intima é o principal fator responsável por esse quadro.
Afinal, o que indica corrimento sério e que requer tratamento médico? Entenda:
O que é secreção vaginal?
A Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo afirma que é
natural toda mulher possuir em algum momento a secreção vaginal. O que ocorre é
que o fluxo e a intensidade se modificam de acordo com cada pessoa e ciclo em
que se encontra no período da ovulação.
Meninas antes da menstruação ou mulheres no período da menopausa costumam
produzir menor quantidade de hormônios, como o estrogênio. No entanto, para
esses casos o fluxo de secreção vaginal costuma ser menor. As secreções são
mais frequentes uma semana antes da menstruação ou quando existe o uso das
pílulas anticoncepcionais.
Características da secreção saudável
Algumas mulheres se assustam quando percebem que existe uma secreção mais
escura na roupa íntima, porém isso é completamente normal. A alteração da cor
do fluído é em decorrência da aproximação do fluxo menstrual. Normalmente essa
secreção é esbranquiçada.
No período da ovulação adquire uma transparência semelhante a clara de ovo.
Coloração levemente amarelada é também comum, especialistas explicam que pode
ser consequência das reações químicas de quando a secreção entra em contato com
o oxigênio.
O portal de maternidade e saúde feminina Trocando Fraldas (veja) ressalta que o corrimento branco, pastoso, com odor
incômodo e acompanhado de coceira pode ser sinal de infecções vaginais como a
candidíase. Por outro lado, na ausência de odor forte ou outros incômodos é
considerado normal.
Excesso de secreção aumenta os riscos de infecções?
As secreções não possuem relação com infecções, inclusive urinárias. No
entanto, o corrimento vaginal aumenta os riscos de adquirir infecções e até
mesmo doenças sexualmente transmissíveis.
É saudável o uso de absorventes diários para conter a secreção?
Embora confortáveis entre as mulheres que possuem mais secreção vaginal, os
absorventes diários não são recomendados para o uso contínuo, exceto em casos
com indicação médica. O uso frequente impede a oxigenação necessária para
saúde intima, aumenta a umidade e favorece a ação dos micro-organismos
prejudiciais. Leia também: Você sabe quando o corrimento vaginal indica um problema?
Tipos de infecções vaginais
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP)
considera os seis tipos de infecções vaginais que
são a causa do corrimento, como: a vaginose, candidíase e a tricomoníase. Para
esses casos o corrimento é visível e facilita o diagnóstico, porém a clamídia,
a neisseria e a gonorreia produzem corrimento próximo a região do colo do
útero, sendo imperceptível para a mulher.
De acordo com a SOGESP a redução do nível de lactobacilos na vagina e as
alterações no pH são as principais causas para as infecções. Tratamento com
antibióticos também desequilibram o pH vaginal, tal como situações estressantes
causam a baixa resistência do organismo contra os agentes infecciosos.
Sinais que merecem alerta:
· Coloração mais forte acompanha de muita coceira;
· Odor forte e incômodo
· Irritabilidade na região vaginal por conta da coceira;
· Baixa imunidade é uma porta de entrada para a infecção vaginal.
Como prevenir o corrimento
Para diminuir os riscos de infecções o uso diário do sabonete íntimo é a melhor
alternativa. Calcinhas de algodão ajudam a melhorar a oxigenação local. A
SOGESP recomenda a prática regular de exercícios físicos, evitar o consumo de
alimentos condimentados, cigarro e álcool. Todo Segundo //