Na manhã deste
domingo (15) um suicídio por enforcamento foi registrado na Rua Padre
Dimas no Centro de Palmeira dos Índios.
Segundo
informações, Antonio Graciliano Nicodemos de Lima, 47 anos, foi encontrado
morto em sua própria residência. Ainda não se sabe a motivação do
suicídio.
Antonio
Graciliano trabalhava como motorista na Funasa. Ele deixa esposa e dois filhos.
A Polícia
Militar e o IML foram acionados.
A família
informou que o corpo está sendo velado na Aldeia Cafurna de Baixo em Palmeira
dos Índios. O sepultamento acontece nesta segunda-feira (16), em Rainha Izabel,
Pernambuco.
Por que uma pessoa se mata?
A cada 40 segundos alguém tira a própria vida no mundo.
Uma das principais causas de morte entre os humanos, o suicídio estarrece,
incomoda, silencia.
Por trás do comportamento suicida há uma combinação de
fatores biológicos, emocionais, socioculturais, filosóficos e até religiosos
que, embaralhados, culminam numa manifestação exacerbada contra si mesmo. Para
decifrá-los, os estudiosos recorrem à “autópsia psicológica”, um procedimento
que tem por finalidade reconstruir a biografia da pessoa falecida por meio de
entrevistas e, assim, delinear as características psicossociais que a levaram à
morte violenta.
Cada sociedade tem uma taxa mais ou menos constante de
suicídios. No caso do Brasil, a média é de 4,5 suicídios por 100 mil habitantes
nos últimos 20 anos. Dentro de um país, o Brasil ou outro, as taxas mais altas
vêm da comunidade indígena e dos imigrantes, principalmente dos núcleos que
perderam muito da sua identidade cultural. Segundo a OMS, há fatores que
claramente aumentam a probabilidade de suicídio no grupo social. Taxas de
suicídio são altas durante épocas de recessão econômica e de forte desemprego.
Também se elevam em períodos de desintegração social e instabilidade política.
Existe o serviço de prevenção ao suicídio do Centro de
Valorização da Vida (CVV), uma entidade não-governamental de atendimento
humanitário criada há 40 anos e presente em todo o Brasil. Todos os voluntários
são treinados para ouvir seus interlocutores (por telefone, carta, e-mail ou
pessoalmente) sem nenhum tipo de julgamento e respeitar sua decisão, mesmo que
seja a de cometer o suicídio. http://www.cvv.org.br/
O serviço atende, em média, 1 milhão de ligações por ano.
Isso revela a necessidade que as pessoas têm de falar sobre seus conflitos.
Quando o assunto é suicídio, abrir-se pode ser terapêutico.
A experiência do CVV, dos Samaritanos e de outros
programas semelhantes demonstra que o primeiro passo para evitar o suicídio
está no resgate do sentido da existência. <> Estadão Alagoas //