Um soldado
da Polícia Militar de Alagoas, lotado no 1º Batalhão, e que é suspeito de
integrar um grupo acostumado a cometer homicídios, extorsões, tráfico de drogas
e ameaças a empresários, foi preso no começo da tarde desta sexta-feira (13),
em cumprimento a mandado de prisão expedido pelos juízes da 17ª Vara Criminal da
Capital, privativa do Combate às Organizações Criminosas.
O pedido de
prisão em desfavor de Alexandre Ramalho foi feito pelos promotores que integram
o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério
Público Estadual (MPE). A solicitação era fundamentada em uma investigação
prévia que encontrou indícios de envolvimento do PM em ações cometidas por uma
quadrilha já monitorada.
O militar
foi comunicado da existência do mandado de prisão enquanto estava de serviço,
na sede do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Há informações, obtidas com
exclusividade pela Gazetaweb, de que foram encontrados 300 gramas
de maconha no armário do policial.
Alexandre Ramalho foi levado para a sede da Divisão Especial de
Investigação e Capturas (Deic), onde foi ouvido pelo delegado Guilherme Iusten,
responsável pela investigação do caso. O delegado confirmou a prisão do PM e
que ele seria levado para o Presídio Militar, no sistema prisional. De acordo
com o delegado Iusten, a operação ainda continua, assim como a investigação do
caso.
Também
confirmou que o policial é suspeito de pertencer ao mesmo bando composto pelos
ex-policial civil Miguel Rocha Lima, preso de novo, no último fim de semana,
escondendo duas armas de fogo, dentro de um bar; e de Valdomiro Rego Breda, de
33 anos, conhecido como "Robertinho", assassinado a tiros na
quarta-feira desta semana, com 11 tiros, no bairro do Farol, em Maceió.
Miguel foi
condenado, no ano de 2009, pelo assassinato do comerciante e professor de Artes
Marciais Marcos Antônio Dias Alves Filho, de 44 anos, conhecido como 'Marcos
Karatê', crime ocorrido em 2007 numa lan house. E Robertinho era acusado de
tramar o assassinato do ex-delegado da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio
Barenco. Gazetaweb //