O primeiro conceito de
“morte clínica” implicava em o coração da pessoa não bater por pelo menos dois
minutos. No entanto, a ciência precisou modificar completamente esse paradigma.
Atualmente, um corpo pode não se decompor, ter um coração que bate, feridas que
se cicatrizam e capacidade para digerir alimentos e, no entanto, estar morto,
de acordo com a maioria das definições legais e médicas.
É o caso desconcertante dos cadáveres com
corações pulsantes: pessoas com um cérebro que já não tem mais atividades, mas
ainda possui funções corporais intactas. Alguns corpos chegam a sobreviver mais
de uma semana depois de ser declarada a morte cerebral. Já houve casos em que
os corações continuaram batendo e os órgãos funcionando por mais de 14 anos.
Hoje, os cadáveres de coração pulsante
deram origem a uma especialidade médica curiosa, que consiste em fazer
acreditar que esses corpos continuam vivos, com o objetivo único de conservar
os órgãos nas melhores condições possíveis para seu transplante a um paciente
na lista de espera.
Morrer, portanto não é um ato único, mas
o encerramento de um conjunto de processos. Várias pequenas mortes concatenadas
(ou não) são: a falta de batimentos cardíacos, a morte cerebral, a perda da
personalidade e da capacidade de produzir pensamentos conscientes, de respirar
de forma independente, entre outras coisas. Escolher qual dessas representa a
morte definitiva pode se tornar uma questão bem mais filosófica ou religiosa.
Após milhares de anos, continuamos em busca de uma resposta. Noticias Yahoo
//Com informações da BBC.