A Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
e dos Recursos Hídricos (Semarh) é reconhecida pelo sua avançada tecnologia na
prevenção de desastres naturais, bem como acerca da previsão climática. Ao
atuar diante destas condições, a meteorologia já divulgou as projeções para os
períodos de chuvas entre os meses de janeiro, fevereiro e março em Alagoas.
O meteorologista da Sala de Alerta da Semarh, Vinícius
Nunes Pinho, explica que as previsões não são muito animadoras principalmente
para os municípios que se encontram em situação de emergência devido à seca.
Segundo a meteorologia, o verão – estação atual do ano –,
apresenta um tempo bastante seco e com níveis de vento abaixo da média. Com
esse cenário, a quantidade de chuvas beira a escassez e não será suficiente
para abastecer os reservatórios e nem amenizar a seca.
“Estamos iniciando o período do fenômeno La Niña e
sua característica é o aumento de chuvas na região do Nordeste. No entanto,
esse período de La Niña está fraco e a perspectiva é que as chuvas
fiquem dentro ou abaixo da normalidade e não acima como deveria ser”, argumenta
o meteorologista.
Outros fatores se tornam preponderantes para que as
regiões tenham chuvas abaixo das expectativas. Um deles é a temperatura do
Oceano Atlântico que está mais elevada no Hemisfério Norte em relação ao
Hemisfério Sul, diminuindo assim o acréscimo de umidade no Nordeste. Ou seja, é
um fenômeno com influência direta na diminuição das chuvas.
Outro exemplo constatado pela meteorologia para
justificar o período abaixo do normal de chuvas é o sistema de alta pressão
localizado no Oceano Atlântico, conhecido como alta subtropical.
“É um fator significativo e que está muito próximo da
costa, contribuindo para que as frentes frias que chegam do Sul fiquem estacionárias
no Sudeste e não se desenvolvam até a região Nordeste. Assim, a previsão
demonstra que os municípios alagoanos, principalmente os do semiárido, terão
chuvas abaixo da normalidade e insuficientes para repor o déficit hídrico até
março”, complementa o meteorologista Vinícius Nunes Pinho. Estadão Alagoas //