A Divisão de
Homicídios da Baixada Fluminense pediu, nesta sexta-feira (30/12), a prisão
preventiva de quatro suspeitos pela morte do embaixador grego no Brasil,
Kyriakos Amiridis. Segundo a polícia do Rio de Janeiro, o corpo encontrado
carbonizado dentro de um carro é mesmo do diplomata e há fortes indícios de que
ele foi morto em um crime passional, do qual participou sua mulher, a
brasileira Françoise Amiridis.
Segundo as investigações, o embaixador foi morto
na casa dele, em Nova Iguaçu, na Baixada. Manchas de sangue foram encontradas
no local. Só depois, o corpo teria sido removido e queimado com o carro do
diplomata. Entre os envolvidos estaria um policial militar, amante de
Françoise. A mulher foi levada pela manhã para prestar depoimento.
O PM, identificado
como Sérgio Gomes Moreira Filho, também prestou depoimento, e fontes da polícia
dizem que ele teria confessado, envolvendo ainda outras duas pessoas, que
teriam executado a vítima. A polícia realiza nova perícia no carro alugado pela
vítima, em um sofá, onde o material de câmeras de segurança.
Desaparecimento
Françoise procurou a
polícia na quarta-feira (28/12), afirmando que o marido estava desaparecido
desde a segunda-feira, quando teria saído em um carro alugado sem dizer aonde
ia. A partir de então, Kyriakos passou a ser procurado. Na quinta-feira, o
corpo foi encontrado em um carro queimado próximo a um viaduto conhecido como
Arco Rodoviário.
Amiridis tinha 59 anos. Sua carreira diplomática começou em Atenas, em 1985, e
incluiu passagens pela Sérvia, Bélgica, Holanda e Líbia. Depois de ser
cônsul-geral da Grécia no Rio entre 2001 e 2004, ele assumiu o posto de
embaixador da Grécia no Brasil em janeiro deste ano, passando a morar em
Brasília. O casal viajou no dia 21 de dezembro para passar férias na capital
fluminense. Os dois viveram juntos durante 15 anos e tinham uma filha de 10 anos.
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