26/04/2024 20:27:12

Saúde
23/12/2016 11:22:34

Alagoas pode ter uma epidemia de chikungunya em 2017, diz médico


Alagoas pode ter uma epidemia de chikungunya em 2017, diz médico
Foto Ilustrativa

Um surto de chikungunya pode acontecer em Alagoas no ano de 2017. Segundo o médico reumatologista da Santa Casa de Maceió, George Christopoulos, os dados para um possível surto são baseados em evidências científicas e nos casos que aconteceram em outras partes do mundo. “A taxa de acometimento da população em cidades que sofreram com surtos de chikungunya nos diz que entre 35% a 62% da população poderá ser atingida”, afirma George à reportagem do Tribuna Hoje.

 

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya. Segundo o médico reumatologista, de cada 10 pacientes com zika, apenas uma pessoa apresenta algum sintoma, porém, quando o assunto é chikungunya, a situação muda de cenário para pior. “De cada 10 pacientes contaminados com chikungunya, nove terão algum sintoma. Se o sistema quase entrou em colapso no surto de zika, imaginem o que pode acontecer com uma epidemia de chikungunya”, diz. O médico ainda alerta que 30% das pessoas com chikungunya sofrerão com dores crônicas que podem ultrapassar três meses, e muitos poderão ter dor, por causa da doença, por alguns anos.

 

George Christopoulos afirma que, se a crise vier como aconteceu em outras cidades pelo mundo, “não haverá a menor capacidade dos sistemas público e particular de darem assistência a todos os enfermos”. “Médicos da assistência básica não estão preparados para atender aos portadores de tal patologia. As manifestações clínicas da chikungunya não são fáceis de serem resolvidas”, diz. George também fala que, além das três principais doenças causadas pelo mosquito em Alagoas, ainda existe a possibilidade de aparecer uma doença chamada ‘mayaro’, também transmitida pelo Aedes aegypti. O médico afirma que já há casos de ‘mayaro’ no Brasil e que é grande a possibilidade da enfermidade chegar a Alagoas.

 

O número de mortes causadas pela chikungunya já supera a dengue e a zika na região Nordeste. Segundo o médico, essa constatação é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Os tratamentos variam desde analgésicos na fase aguda até corticosteroides na fase subaguda e medicações antirreumáticas nas fases subagudas e crônicas. Os custos do tratamento serão altos para aqueles que evoluírem para a fase crônica”, diz o médico. Tribuna Hoje //

 

 

 



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 44
Notícias Agora
Google News