A comissão especial de impeachment do Senado
Federal votou, na manhã desta sexta-feira (6), o parecer
do senador relator Antônio Anastasia pela admissibilidade do processo de
impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Por 15 a 5, o
texto foi aprovado. Agora, a decisão será publicada no Diário do
Senado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já anunciou
que fará a leitura da decisão da comissão, em plenário, na próxima
segunda-feira (9). Renan terá 48 horas após a leitura para marcar a votação no
plenário do Senado, que está prevista para quarta-feira (11).
Confira como foi a votação:
13h16 - Parecer do relator é
aprovado por 15 votos a 5.
13h13 - Senadora Rose de
Freitas (PMDB-ES) passa mal. Vota em seu lugar o senador Hélio José,
suplente.
13h12 - Começa a votação.
13h02 - Assume a palavra o
senador e relator da comissão, Antônio Anastasia.
12h04
- “Resistirei até o último dia”, reafirma Dilma sobre impeachment
Desde as 11h18, lideranças
encaminham votos
11h18 - Senadora Ana Amélia (PP-RS) é a primeira a
falar e encaminha voto "sim" pelo prosseguimento do processo de
impedimento. "Há sim enquadramento típico e provas suficientes para
o encaminhamento", aponta. "Voto pela aprovação do relatório, esse é
o voto do PP".
11h22 -Senador Eduardo Amorim (PSC-SE) encaminha seu
voto e diz que "apoia o parecer do relator". "Pedaladas Fiscais
nunca mais, estamos experimentando suas consequências". "O PSC diz
"sim à admissibilidade", conclui.
11h26 - Pelo PV fala o senador Alvaro Dias
(PV-PR). "Não há dúvida de que houve crime de responsabilidade",
aponta.
11h32 - Líder do PSB, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
encaminha o voto. "O governo se isolou, perdeu apoios, a
credibilidade e a própria autoridade", pontua. "É inevitável
dizer que os índicios do cometimento do crime de responsabilidade de fato
existem", complementa, se posicionando favorável à admissibilidade da
denúncia.
11h39 - Fala pelo PMDB o senador Waldemir Moka
(PMDB-MS). "Não nos cabe outra alternativa a não ser a de votar pela
abertura do processo proposto pelo relator Anastasia, levando a decisão para o
Plenário do Senado", diz. Voto encaminhado
11h43 - Pelo PSD, fala o senador José Medeiros
(PSD-MS) "A população brasileira vira uma página da história, uma
página triste. Não nos alegra dar este voto, mas encaminhamos o voto pela
aprovação do relatório de Anastasia".
11h50 - Fala o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)
pela liderança do DEM e encaminha voto favorável ao impeachment de Dilma.
11h55 - O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) fala pelo
bloco da oposição. "O afastamento da presidente Dilma é uma necessidade
inadiável, a democracia é o lado certo da história, não haverá perdão para os
crimes de responsabilidade sem o afastamento da presidente da República".
11h59 - Fala José Perrella (PTB-MG). "O voto do
meu partido, o PTB, é 'sim' por tudo que aconteceu no meu país nos
últimos tempos".
12h02 - Gleise Hoffmann (PT-PR) fala pelo
blobo de apoio ao governo. "Temos uma presidenta que não é dada aos jogos
da política. Uma presidenta que enfrentou gente grande, corporações fortes; que
ampliou os programas sociais e contrariou a elite desse país", enumera.
"Esse processo foi iniciado por quem ontem foi afastado por unanimidade
pelo STF". "Senhores senadores, ao votarem pela admissibilidade
desse processo, serão sempre golpistas da Constituição. Por isso encaminho o
voto 'não' ", conclui.
12h07
- Líderes da oposição encaminham voto favorável ao impeachment
12h08 - Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) encaminha
o voto favorável ao processo de impeachment de Dilma. "Falo em nome dos 43
milhões de brasileiros que votaram para formar a bancada do PSDB",
destaca. "A presidente Dilma está sendo julgada e será punida por crimes
de responsabilidade que ela cometeu".
12h13 - A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
encaminha seu voto contrário ao processo de impeachment. "Isso é e será sempre
caracterizado como um golpe", avalia. "O que está sendo julgado
é o modelo que 'eles' acham demagógico e populista implantando há 13 anos, mas
é o primeiro modelo que olhou para o trabalhador brasileiro".
12h18 - Fala Wellington Fagundes (PR-MT), líder do PR.
"Precisamos ter seneridade para não cometer erros e ser injustos",
"vou votar com o relator, pela admissibilidade e espero que com a mesma
tranquilidade possamos da continuidade à matéria", concluiu o senador.
12h26 - Líder do grupo moderador, Magno Malta
(PR-ES) encaminha seu voto favorável ao prosseguimento do
processo.
12h32 - Telmário Mota (PDT-RR)
encaminha voto contrário à admissibilidade do processo."Os que hoje
são todos Anastasia, ontem eram todos Eduardo Cunha", diz. "Esse
processo de impeachment não está amparado na lei, Dilma não colocou suas
digitais no Plano Safra".
12h38 - Humberto Costa (PT-PE), líder do
governo, encaminha voto. "Esse processo está viciado porque ele tem a
impessão digital de Eduardo Cunha", considera. "Não há crime cometido
pela presidente da República". "Vamos votar contra esse relatório,
não ao golpe", conclui.
12h42
- PSB e PMDB se manifestam no Senado a favor do impeachment de Dilma
12h45 - Senador Cristovam Buarque (PPS-DF)
fala como líder do PPS . "Nossa República está doente e precisamos
aprofundar o debate sobre isso", avalia. "Ecaminho pela
admissibilidade da denúncia que aqui chegou", "o que eu quero é que o
povo saiba que o modelo se esgotou e que possivelmente houve crime, quando
soubermos explicar isso ao povo, votaremos pelo impeachment".
12h51 - Fala Gladson Cameli (PP-AC) que
encaminha voto. "Pelo blobo Democracia Progressista encaminhamos o voto
'sim' pela admissibilidade".
12h55 - Com a palavra o último
inscrito, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). "Nesse festival de traições,
nós vamos sair dessa votação de cabeça erguida, pois temos lealdade a um projeto
político".
10h58: Reunião da comissão
de impeachment no Senado é retomada
10h38 - Sessão
suspensa por cinco minutos
Após bate-boca, o presidente da comissão, senador
Raimundo Lira (PMDB-PB), suspende a sessão por 5 minutos para trocar a
campainha da sala. Segundo Lira, a campainha "não está à altura desse
momento histórico".
9h30 - Comissão
do Impeachment no Senado vota parecer pela admissibilidade do processo
A reunião de votação do parecer deverá começar às 10h com
os encaminhamentos dos líderes partidários, que terão direito a 5 minutos para
defender uma posição e orientar seus partidos ou blocos partidários. Ao todo,
são cerca de dez líderes que terão direito à palavra para
encaminhamento. Em seguida, será iniciada a votação do relatório pelo
painel eletrônico da sala onde funciona a Comissão de Constituição e Justiça.
Votado o relatório do senador Anastasia, se ele for aprovado, o voto em
separado apresentado ontem pela base governista será automaticamente considerado
rejeitado. EBC