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fatima almeida
Estranho, o governador Renan Filho
dizer que 36 mortes registradas este ano, em conflitos com a polícia, não é um
número alto, porque no ano passado, no mesmo período, ocorreram 29.
Independente da relação, o número é alto, sim.
Mas está certo, o governador, quando
diz que a polícia tem que agir para proteger o cidadão, toda vez que um bandido
estiver com arma em punho, levando perigo para a população. E até quando diz
que, “no confronto, todos nós temos que torcer para que o policial seja
preservado, porque é ele, em última análise, quem defende a sociedade”.
Lógico que, entre um policial e um
bandido, se alguém tiver que morrer, que seja o bandido. Mas é preciso saber se
realmente alguém tem mesmo que morrer.
Senão o Estado estará substituindo o
dever de punir, pelo direito de matar.
E, definitivamente, esse não é o
caminho.
Senão, todo o empenho que, segundo o
governador, vem sendo feito para tirar de Alagoas o título vergonhoso de estado
mais violento do Brasil, vai continuar manchado de sangue.
Mudando apenas a autoria do crime.