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20/05/2007 00:00:00

Na divisa, Pernambuco avança com aterro


Na divisa, Pernambuco avança com aterro

Ipojuca, PE - Enquanto ambientalistas, moradores, empresários e representantes da Prefeitura de Maceió não se entendem quanto à instalação de um aterro sanitário na região de Guaxuma, a obra destinada ao tratamento dos resíduos é bem-recebida pela população de Porto de Galinhas, distrito do município pernambucano de Ipojuca. Lá, o governador Eduardo Campos (PSB) assinou, no início do mês, a ordem de serviço para a construção, dentro de cinco meses, do aterro sanitário, orçado em R$ 1 milhão.
Segundo a Prefeitura de Ipojuca, a obra será executada na localidade de Água Fria, distante cerca de dez quilômetros de Porto de Galinhas, primeiro pólo turístico daquele Estado.

Lixão ameaça lençol freático em Maragogi
Maragogi – Com onze mil leitos e taxa média anual de ocupação em torno de 70%, o distrito de Porto de Galinhas, em Ipojuca, está para Pernambuco – do ponto de vista turístico e econômico –, como Maragogi e os municípios circunvizinhos do Litoral Norte estão para Alagoas. Do lado de lá, empresários e moradores comemoram o anúncio da construção do aterro sanitário feito pelo governo do Estado. Do lado de cá, os lixões se proliferam e se tornam ameaça silenciosa à saúde pública e à atividade turística, carente de investimentos em infra-estrutura e que amarga taxas oscilantes de ocupação, que variam de 90% na alta estação e 10%, na baixa.

Acúmulo de lixo prejudica turismo no Litoral Norte
Maragogi – Além da contaminação do lençol freático, do odor e de servir como criadouros para insetos e roedores, os lixões do Litoral Norte de Alagoas e região se apresentam como uma imagem negativa em meio a cartões postais que encantam turistas do mundo inteiro. O acúmulo de resíduos é visível para quem trafega por um dos principais corredores viários da região: a AL-105 Norte. A poucos metros da rodovia estão instalados os lixões de Japaratinga e de Porto Calvo, onde até pouco tempo funciona um outro depósito, também à margem da rodovia, mas que foi desativado.

Catadores têm futuro incerto em Ipojuca
Ipojuca, PE – O futuro é incerto para os catadores do lixão de Água Fria, em Ipojuca (PE). Com a construção do aterro sanitário, quem vive colhendo o refugo para sobreviver teme perder o emprego. É do lixão que 40 pessoas tiram, de domingo a domingo, o sustento para suas famílias. “Vivemos aperreados aqui. Ninguém chega para nos informar nada, nem falar como será o nosso futuro. Só sei de uma coisa: com o aterro, não teremos como catar mais o lixo”, lamenta Edmilson José da Silva, 39 anos, casado e pai de dois filhos.

Fonte- Jornal Gazeta de Alagoas (Severino Carvalho)

 



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