Os primeiros levantamentos feitos pela Controladoria-Geral da União sobre contratos firmados entre o governo federal, estados e municípios com a construtora Gautama, investigada na Operação Navalha, mostra que a União pagou R$ 103,1 milhões à construtora entre 2000 e 2006.
A Gautama é propriedade do empresário Zuleido Soares Veras, também preso na Operação Navalha e apontado pela PF como chefe do esquema que fraudava licitações e desviava dinheiro de obras públicas.
Segundo o relatório divulgado pelo site da CGU, a empresa firmou contratos no valor de R$ 157 milhões diretamente com órgãos federais, sendo que “desse total, R$ 142,8 milhões correspondem a contratos celebrados entre os anos de 2000 a 2002 e R$ 13,2 milhões contratados entre 2003 e 2006”. Mas os valores "efetivamente pagos" no período, segundo a CGU, chegou ao total de R$ 103,1 milhões.
Em relação aos convênios com estados e municípios, os principais valores identificados até agora pela CGU incluem o Estado de Alagoas, como o que teve o maior valor firmado em convênio – R$ 77,8 milhões, sendo que somente R$ 30 milhões foram liberados.
A CGU refere-se às obras do Sistema Pratagy, que contratou a empresa Gautama em 2001.
Para o Estado de Sergipe, foi firmado o convênio de R$ 68,4 milhões (R$ 42,9 liberados), para obras da adutora do rio São Francisco e para a prefeitura de Camaçari, na Bahia, foi firmado um convênio no valor de R$ 11,5 milhões, dos quais R$ 1,95 milhão foi liberado.
Com informações da CGU.