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11/04/2007 00:00:00

Balanço governamental


Balanço governamental

Para o governador em exercício, José Wanderley (PMDB) o Governo do Estado de Alagoas está no rumo certo e possui um propósito. “Temos a consciência de que nada se resolve com varinha mágica e estamos trabalhando passo a passo para resolver os problemas históricos de Alagoas”, destacou o vice-governador.

Wanderley assumiu a cadeira de governador por conta de uma licença de 10 dias tirada por Teotonio Vilela Filho (PSDB). Em entrevista, o vice-governador falou sobre os problemas da segurança pública, educação e outros enfrentados pelo Governo do Estado, nestes primeiros cem dias.

Sobre a educação do Estado, Wanderley disse que o problema é de décadas e não será resolvido “do dia para a noite”. “A gente está criando a idéia de reunir empresários para retirar o peso todo de cima do Estado. Outras idéias também estão sendo trabalhadas pela Secretaria de Educação. Os problemas relacionados a esta área, assim como a saúde, só vamos ter resultados lá na frente, a longo prazo”.

“Eu fui secretário de Saúde em 1975 e trabalhamos um ano para convencer alguns secretários municipais para aplicar um plano de redução de mortalidade infantil e só tivemos resultados após uma década. Então, os problemas só podem ser resolvidos se forem compartilhados por todas as pessoas que dependem do setor, bem como pelos responsáveis”, destacou.

Policiais

Wanderley falou ainda sobre a promessa de Teotonio Vilela de contratar mil policiais concursados por ano para trabalhar no cotidiano. “Nós estamos trabalhando para isto. Os alagoanos sabem que recebemos o Estado com restos a pagar pesado. Ainda restam R$ 300 milhões para serem pagos. Iniciamos pagamento para os pequenos credores. A secretaria de Saúde, por exemplo, tem feito um esforço enorme e aos poucos vamos cumprindo os desejos do governador e as necessidades da população. Tenho certeza que vamos cumprir porque os números da receita permitem que a gente afirme que pode contratar estes policiais. Mas o desafio é enorme, pois temos também que recompor o salário do funcionalismo”.

Wanderley destacou ainda que é necessário a participação da sociedade dentro do Governo de Alagoas. “A população tem que participar, pagando, sobretudo os seus impostos e fiscalizando quem não paga, porque caso contrário, a conta fica pesada e a tendência seria aumentar mais os impostos de quem está formalmente no mercado de trabalho. Em Alagoas, a informalidade é grande. Com o Estado organizado, aumenta a arrecadação e sua atividade fim, que é prestar serviços a população”, destacou José Wanderley.

Aumento da violência

Quanto ao aumento da violência, José Wanderley reconheceu a situação como preocupante e disse que o “crime está nacionalizado e organizado”. “Se há um aperto em um Estado, elas vão para outro onde encontram mais facilidade. O governador tem feito esforços para melhorar as condições do aparelho policial e investido na integração das forças de segurança pública. Tanto é assim que ele se encarregou, pessoalmente, de presidir o GGI (Gabiente de Gestão Integrada). Alguns crimes que já foram solucionados é fruto desta integração”.

Wanderley disse ainda que na próxima sexta-feira se reúne, em João Pessoa (PB), com os governadores de todo o Nordeste e que um dos pontos de pauta da reunião é a segurança pública. “Isto acontece para que a gente possa entender que a segurança em Alagoas depende também da segurança de Pernambuco e de outros Estados. Queremos envolver também os municípios no trabalho pela segurança”.

O vice-governador falou também sobre a “impunidade”. “Não é uma questão tão simples, pois depende também das provas para poder condenar determinado criminoso. Não basta apenas saber. Só é possível à condenação diante da prova documental, então a nossa polícia – nesta área de produção de provas científicas – ainda é muito deficiente. Hoje se trabalha com engenharia genética, DNA, etc. E isto está sendo providenciado, compartilhado ações e buscando experiência nos estados que já avançaram. Estamos investindo em treinamento dos nossos agentes de segurança para que elucidemos mais crimes e não tenhamos dúvida quando indiciarmos alguém envolvido em delitos”.

O vice-governador destacou a união entre o grupo de combate ao crime organizado e o Poder Judiciário para dar maior celeridade às ações de denúncia, investigação e processo judicial. Indagado sobre se sente seguro em Alagoas, Wanderley disse que “é despreocupado por uma questão filosófica”.

“Acho que ninguém resolve nada andando com arma. Não é andar com seguranças que vai me proteger. O problema dos grandes centros urbanos, não é exclusivo de Maceió. É um problema da vida moderna. É impossível se ter para cada cidadão civil, um policial. E mesmo que tenha, o crime se organiza para acontecer. Cada cidadão precisa também tomar os seus cuidados. Nos lugares onde ano, não sinto insegurança, claro que não ando em locais a esmo. Agora, todos nós estamos sujeitos a assaltos”, falou o vice-governador.

Para Wanderley, o principal problema de Alagoas hoje é “equacionar a questão financeira” e então “estruturar-se para resolver todos estes outros problemas, pois dependem de recursos humanos treinados, com boa remuneração, equipamentos e condições de trabalho. Tudo isto depende de dinheiro”.

“Logo, o nosso trabalho é gerar emprego e renda, para que gere consumo, para que gere impostos e estes possibilitem mais contratações, melhores salários e equipar as policiais, a unidade de saúde, melhorar estradas, oferecer assistência social. Alagoas hoje, em seus indicadores socais, só perde para o Maranhão”, disse o governador.

Prazo para as soluções

Questionado se em quatro anos dá para resolver, Wanderley disse que o trabalho de melhoria da vida das pessoas é continuo, mas que o Governo de Teotonio Vilela Filho possui um objetivo claro que é “parar com a pirotecnia e dar um passo a cada dia. Nosso horizonte é de trabalhar nestes quatro anos, sem pensar em reeleição. Teotonio Vilela quer cumprir o mandato dele integralmente e não vai tomar atitudes que sirvam apenas de capital eleitoral. Serão medidas necessárias para construir uma base para Alagoas se desenvolver. O governo tem que construir a base, melhorando educação, saúde e infra-estrutura para desenvolver um estado, que seja bom para morar, visitar e investir”, sentenciou.

Futuro político

“Nunca tive pretensões políticas. Nem tenho. Não penso em ser governador, como nunca pensei em ser vice-governador, como não tinha a pretensão de me candidatar a prefeito de Maceió e o fiz para atender um pedido, por conta de uma situação. Minha vida foi sempre de lidar com gente. Eu estaria muito feliz se daqui a quatro anos eu pudesse me dedicar integralmente à área de saúde, a qual me especializei e posso contribuir”, finalizou.

Fonte e Foto - www.alagoas24horas.com.br



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