Muita expectativa e nenhuma definição. Essa é a conclusão final dos policiais civis que aguardavam até o início da noite de ontem a apresentação de uma contraproposta do governo, através da Comissão de Negociação Salarial que definiria os rumos da greve que chegou ao 48º dia.
Os policiais civis se reuniram em assembléia, na sede do sindicato, para discutir questões internas da categoria e aguardar a entrega da proposta pela Comissão de Negociação, entretanto, a única informação que chegou aos sindicalistas foi que somente hoje o governo terá uma definição exata.
Uma proposta de reajuste salarial de 22%, dividido em 36 meses, foi apresentada pelo governo a categoria, na última sexta-feira, dia 14, mas a proposta foi recusada pelas entidades representativas dos policiais civis.
De acordo com o presidente do Sindpol, Carlos Jorge, o Sindicato decidiu realizar nova assembléia-geral, na próxima quinta-feira.
Devido às últimas manifestações de greve lideradas pelo Sindpol, cujas tiveram repercussão nacional, o presidente do Conselho de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), Augusto Galvão, ressaltou a importância de celeridade nos processos administrativos que visam punir os responsáveis pelo protesto do desfile do dia 7 de setembro e os danos causados no palácio República dos Palmares, quando os manifestantes jogaram pedras na vidraça e atearam fogo em frente ao palácio.
Para o presidente do Sindpol, Carlos Jorge, agilidade nos processos é necessária, não apenas para punir os sindicalistas, mas para punir todos que cometem crimes em Alagoas. “É correto que seja pedida celeridade nos casos. Mas em processos delicados, a exemplo do caso Silvio Vianna, também deve ser tratado com todo rigor. A justiça precisa ser feita de forma rápida em todos os casos”, afirma.
Em União dos Palmares, o delegado do SINDPOL para a Zona da Mata alagoana, agente civil Milton Julião disse que "depois das conversas mantidas em Maceio, surgiu um consenso entre alguns companheiros: a proposta que discutiremos em assembléia amanhã, dia 20 as 9,00 horas deve ser feita a partir da apresentada à policia militar, que foi de 79%, que poderá inclusive ser parcelada de forma justa até julho de 2008 porque em agosto já é a nova data base então, decidiremos os rumos do nosso movimento, sem isto, creio, não haverá acordo". Julião ainda disse que a sociedade deve entender que "é bom que a sociedade entenda que não reinvidicamos apenas salário, mas também condições dignas de trabalho para que possamos oferecer aos alagoanos uma policia competente e agil".
Com alagoas24horas/tribunauniao