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11/01/2010 00:00:00

Municípios


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com blog do luciano barbosa //

Os policiais civis que atuam no 89° Distrito Policial, no município de Coruripe, estão insatisfeitos com as condições de trabalho oferecidas pelo Estado e a falta de estrutura física da segurança pública local, o que impossibilita a eficácia do trabalho policial junto à população, que se diz vítima de descaso por parte Governo de Alagoas.

Um dos principais empecilhos que travam o desenvolvimento da segurança pública local são as condições precárias do 89º DP, para o qual existe inclusive um procedimento aberto que culminou na interdição do xadrez da delegacia, por absoluta ausência de condições estruturais e sanitárias. Com o xadrez judicialmente interditado, o delegado, que não pode manter nenhum preso no local, transfere os detentos para as delegacias Regional de Penedo ou a Distrital de Feliz Deserto.

Segundo o representante do Ministério Público, promotor Nilson Miranda, existem laudos técnicos do CREA que dizem que o 89º DP está prestes a desabar e, por sua vez, a Vigilância Sanitária apontou que é humanamente impossível se manter uma pessoa naquelas condições de higiene. “O problema é de conhecimento da Secretaria de Defesa Social, tendo em vista que já foram encaminhados ofícios do Ministério Público apresentando o problema e cobrando soluções”, completou.

Segundo o policial civil Kléber Ferreira, a situação da segurança pública em Coruripe está cada vez pior. “A tolerância já não mais existe, a violência aumenta a cada dia e nada pode ser feito pela força policial já que não há condições de trabalho. Para se ter uma idéia, nossa única viatura está quebrada há mais de três meses, a delegacia está à beira de um desmoronamento, dispomos apenas de um policial por dia e, ao efetuarmos prisões, temos de ficar em alerta máximo, tendo em vista o prédio não oferece o mínimo de segurança, ou seja, até nós policiais estamos à mercê da criminalidade enquanto os habitantes se dizem detentos de seus próprios lares. Estamos entregues à sorte!”, enfatizou.

Curto-circuito nas instalações elétricas do prédio, pontos de infiltração no teto, queda de lascas de madeira da cobertura nas cabeças dos policiais, dentre outros, são os problemas de menor impacto que aterrorizam os policiais do 89° DP.

Ao todo a Polícia Civil disponibiliza, nas terças, quartas e quintas-feiras, os trabalhos do delegado Antônio Edson mais um chefe de operações, um escrivão e um policial, que se empenham de forma quase sobrenatural para atender os anseios da população de 53 mil habitantes. Aos finais de semana apenas um policial fica de plantão, figurando na delegacia, já que fica de mãos atadas para a realização dos trabalhos.

Com relação à 2ª Cia de Polícia Militar, apenas 4 homens são designados, por dia, para realização do trabalho ostensivo, contando a PM, sob o comando local do tenente Luciano João da Silva, com apenas uma viatura para dar cobertura ao município com o segundo maior território entre as cidades alagoanas, perdendo apenas para Mata Grande.

Busca por soluções

Na tentativa de buscar soluções, a população local já realizou mobilizações, porém nada de concreto foi alcançado para a resolução das mazelas da segurança, cujos índices ganham reforço negativo semana a semana, a não ser uma reunião, realizada no dia 6 de novembro de 2009, entre o prefeito da cidade, Marx Beltrão, e representantes da Secretaria de Estado da Defesa Social, para avaliação do projeto de construção de uma nova delegacia e sede da 2ª Cia de Polícia Militar.

As obras, orçadas em R$ 300 mil, têm previsão de serem iniciadas ainda no primeiro trimestre de 2010. Os custos para a construção serão divididos em 50% para do Governo do Estado e a outra metade para a prefeitura, que doou o terreno onde serão edificadas as duas importantes obras, porém, como a população anda desacreditada com as questões de segurança, preferem comemorar apenas quando as obras forem concluídas.

Com relação ao efetivo policial, tanto governantes locais como a população esperam que o problema seja sanado o mais breve possível.

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