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06/01/2010 00:00:00

Municípios


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com assessoria //

Após o lançamento do Programa Alagoas Mais Peixe pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), em Junqueiro, no dia 30 de dezembro de 2009, os agricultores vinculados à Associação SOS Lagoa do Retiro estão animados ao saber que vão produzir peixe em tanques-rede e melhorar a renda familiar.

De acordo com José Maciel, que mora próximo à lagoa, as ações do programa vão melhorar a situação dos agricultores. “Vai trazer benefícios pra todos nós”, disse, ao lado de outros 20 trabalhadores rurais que foram selecionados para inclusão em um dos módulos do Alagoas Mais Peixe.

“Estou ansioso pra começar a trabalhar com os tanques-rede”, afirmou Jisselmo dos Santos Silva, que também é agricultor e mora nos arredores da lagoa. “Eu já peguei nessa lagoa peixe de 30 quilos”, relembra o trabalhador, referindo-se à época de fartura na lagoa. Além da pesca, os trabalhadores vinculados à Associação SOS Lagoa do Retiro também vigiam o local para evitar o desmatamento e a poluição do lugar.

Quando a produção de peixe começar e tiver regularidade, além da mesa dos pescadores, outros destinos poderão ser o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a merenda escolar do próprio município de Junqueiro. Foi isso o que explicou o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, João Bosco de Jesus.

Segundo o diretor da Escola Agrícola São Francisco de Assis, que fica às margens da BR-101, no município de Junqueiro, Damião de Jesus Silva, os alunos poderão praticar a extensão na área de piscicultura como forma de aprimorar o aprendizado em sala de aula. “Eles já fazem extensão em vários setores da agropecuária sobre o manejo, e esse acompanhamento tanto será bom para eles quanto para os agricultores”, ressaltou o diretor da escola, que tem 200 alunos.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, o Alagoas Mais Peixe é um projeto sustentável e em nada impede a realização de outras atividades nas lagoas e barragens que vão receber os tanques-rede.

“Além dos açudes e barragens comunitárias, queremos incluir os tanques-rede nas barragens usadas para irrigação da cana-de-açúcar, afinal, isso não atrapalha a irrigação. Pelo contrário, a água se torna mais fértil para a cana. E outro motivo é porque daqui a pouco tempo, quando a queima da cana for totalmente proibida, o corte será mecanizado e muitos trabalhadores poderão ficar desempregados, tendo a piscicultura como uma atividade para inclusão e geração de renda”, resumiu o secretário.

O programa — Apesar do lançamento no dia 30 de dezembro, algumas ações do Alagoas Mais Peixe vêm ocorrendo desde o início do ano passado, como a doação de alevinos oriundos do Núcleo de Piscicultura de Rio Largo, que já beneficiou a Lagoa do Retiro, e um levantamento a respeito do potencial das maiores barragens do Estado, organizado pela Diretoria de Irrigação da Seagri.

Segundo o levantamento, essas barragens somam cerca de 4 mil hectares de lâmina d’água e podem produzir até 36 mil toneladas de peixe em tanques-rede. Na primeira fase do Programa Alagoas Mais Peixe, serão instalados 20 módulos com 12 tanques-rede e um grupo de 20 produtores para cada módulo, perfazendo um total de 240 tanques-rede e 400 produtores.

São parceiros da Seagri a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e as prefeituras municipais.



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