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24/12/2009 00:00:00

Polícia


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com alagoas24horas // flávia duarte

Nove reeducandos do Presídio Baldomero Cavalcanti foram transferidos durante a madrugada e manhã desta quinta-feira, 24, para a penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná, onde irão passar o Natal e ficarão pelo período de até dois anos. Os presos – considerados de alta periculosidade – estariam comandando o crime de dentro do sistema prisional alagoano.

A transferência teve início às 2h30, quando o primeiro preso foi levado em voo comercial, escoltado por agentes penitenciários federais e policiais da Força Nacional. Ao todo, foram cinco voos comerciais e mais um avião da Polícia Federal, onde quatro presos embarcaram.

Foram transferidos José Eraldo da Silva (Paulo Gordo); Laelson da Silva (Baiano); Luiz Antônio de Souza Lima (Luizão); Claudemir Miquelete; Assis de Lima Bento; Givanildo Rosa de Souza; Rivaldo Manoel da Silva (Branco do Ouro); Anderson Reginaldo Martins (Químico); e José Nadson de Santana Júnior.

Givanildo, Assis, Anderson e Rivaldo, que seriam os mais perigosos, foram transferidos de uma só vez no avião da Polícia Federal.

O intendente geral do Sistema Penitenciário, coronel Dário César, informou que haveria uma lista maior de presos que se enquadrariam no perfil para ser transferido para o presídio federal, mas teve que haver uma seleção, uma vez que o número de vagas seria limitada. Dário informou ainda que “todo preso que se mostrar com comportamento que provoque instabilidade dentro do presídio, a Intendência irá tomar as providências para sanar o problema”, disse.

Com a transferência, o intendente espera ter um período de tranquilidade na população carcerária, uma vez que os transferidos seriam líderes dentro da cadeia. “A transferência faz com que a população carcerária fique mais tranquila e serve ainda como forma de coibir que novos presos tentem liderar dentro do presídio, já que sabem que podem também ser transferidos”, completou.

O pedido de transferência foi assinado pelos juízes da Vara de Execuções Penais e da 17ª Vara Criminal da Capital, após a Intendência substanciar documentos que comprovariam a ação dos nove dentro do presídio, onde continuariam comandando o tráfico de drogas, assalto e assassinatos em Alagoas. A autorização para permanência de um ano, podendo ser prorrogável por mais um, foi assinada pelo juiz federal de Catanduvas, Wilson Sales Damásio.

Presos

O preso considerado mais perigoso em Alagoas seria o Rivaldo Manoel, o Branco do Ouro. Ele é acusado de crimes de homicídios, assaltos a banco, residências de luxo, extorsão mediante sequestro, entre outros, em pelo menos seis estados do Nordeste. Em Alagoas, ele agiria em todo o estado de Alagoas e comandaria o tráfico desde a região agreste ao litoral Norte, tendo ainda um patrimônio incalculável.

Laelson, o Baiano, é acusado de crime de roubo e já teria fugido do presídio em setembro de 2008, quando deixou – junto com outro preso – o Baldomero pela porta da frente durante um dia de visita. Ele foi recapturado dias depois pela Polícia Rodoviária Federal.

Claudemir Miquelete e Assis de Lima Bento são condenados a 74 anos de prisão - pelo juiz federal Rubens Canuto Neto, da 8ª Vara Federal – pelos crimes tráfico internacional de entorpecentes (a quadrilha deles atuava na fronteira Brasil/Paraguai, formação de quadrilha para fins de tráfico e lavagem de dinheiro.

Givanildo Rosa foi preso durante uma operação do Gecoc, do Ministério Público Estadual, acusado de integrar uma quadrilha de São Paulo e que teria vindo a Alagoas para participar de crimes contra empresários do Estado.

Anderson Reginaldo é apontado como o elo entre os grandes traficantes do país e Alagoas. Ele foi preso em maio de 2008 pela Polícia Federal e fugiu de forma inexplicável do presídio Baldomero Cavalcanti. Ele foi recapturado em novembro deste ano no Sítio São Jorge.

José Nadson foi preso pela Polícia Civil de Sergipe, durante a investigação de um grupo de extermínio que atuaria na capital sergipana. Por meio de escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, os policiais teriam interceptado uma conversa na qual o acusado combinava com um parceiro – identificado como Matuto -, a vinda a Alagoas para adquirir armamento e munições para a realização de assaltos no Estado. Ele é acusado - entre outros cries – de assaltar a agência do Bradesco localizada na Avenida Thomaz Espíndola, em maio de 2008.



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