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Polícia
12/05/2022 04:00:00

Delegada que tinha quase R$ 2 milhões em casa é presa no RJ

Adriana Belém é alvo da operação Calígula, deflagrada pelo MPRJ contra uma rede de jogos de azar


Delegada que tinha quase R$ 2 milhões em casa é presa no RJ

A delegada licenciada da Polícia Civil Adriana Belém foi presa na tarde desta terça-feira, 10, após ter a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 

Adriana é um dos alvos da operação Calígula, deflagrada pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) contra uma rede de jogos de azar supostamente liderada pelo contraventor Rogério de Andrade, junto de seu filho Gustavo, com participação de ‘dezenas’ de criminosos, entre eles Ronnie Lessa, acusado pelo assassinato a tiros da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

Em um mandado de busca na casa da delegada licenciada, localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, foram apreendidos cerca de R$ 2 milhões em espécie. O dinheiro, segundo o MPRJ, foi localizado em sacolas e em uma mala. 

"O gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva", disse o juiz Bruno Monteiro Ruliere ao decretar a prisão de Adriana Belém.

 

Mais de 30 pessoas denunciadas

A Promotoria denunciou 30 pessoas por uma estrutura criminosa voltada à exploração de jogos de azar não só no Rio de Janeiro. São imputados aos envolvidos supostos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Até às 15h, ao menos onze pessoas tinham sido presas. E, além dos R$ 1, 8 milhão apreendido na casa da delegada licenciada, a operação também apreendeu 17 aparelhos de celular, cinco notebooks, um HD, um pen drive, diversos documentos, pendrive, chips, noteiros, máquinas de cartão, 107 máquinas de caça-níqueis, cópias de processos e componentes eletrônicos.

Segundo o MP, a quadrilha ‘há décadas exerce o domínio de diversas localidades, fundamentando-se em dois pilares: a habitual e permanente corrupção de agentes públicos e o emprego de violência contra concorrentes e desafetos, sendo esta organização criminosa suspeita da prática de inúmeros homicídios’.

Foram cumpridos 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão, quatro deles em bingos comandados pelo grupo.

De acordo com o MP, Rogério de Andrade e Ronnie Lessa mantém uma ‘parceria antiga’, sendo que foram identificadas ligações entre a dupla ao menos desde 2009, ‘quando Ronnie, indicado como um dos seguranças de Rogério, perdeu uma perna em atentado à bomba que explodiu seu carro’.

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