Ainda que em tom bastante calmo, o deputado Paulo Dantas externou ao blog sua indignação com o momento vivido por Alagoas, por causa do adiamento das eleições indiretas para o governo-tampão.
A conversa foi por telefone, ontem à tarde, às 13h23.
Explicando a frase acima: ele disse que respeita muito o desembargador Klever Loureiro, que “está cumprindo o que determina a Constituição. Mas ele não tem legitimidade política para administrar o Estado. O Judiciário tem o papel de moderador. A administração caberá ao governador que será eleito indiretamente pela Assembleia. Só quem perde com o que está acontecendo é a população alagoana.”
Veja alguns trechos da nossa conversa, praticamente um monólogo, já que eu pedi a ele que manifestasse sua impressão sobre a crise provocada pela judicialização da escolha do tampão:
“O Arthur Lira e o Rodrigo Cunha, que agora são siameses, estão preocupados com a eleição de 2 de outubro. O Rodrigo tem demonstrado que não tem compromisso com a verdade, porque ele sempre defendeu o voto direto”.
“Eles achavam que eu era um candidato fraco, mas com o meu crescimento na campanha, eles armaram um plano para que eu não pudesse crescer ainda mais nos 60 dias que teria para mostrar a minha capacidade”.
“Eu estou muito preocupado com o momento vivido pelo Brasil, de afronta as instituições, de desrespeito à democracia. Aqui não é diferente”.
“O Rodrigo não se posiciona sobre nada, é omisso, não tem princípios”.
“A eleição vai acontecer. Daqui a quatro dias, uma semana, mas nós vamos chegar lá, porque este é o desejo da maioria dos deputados. A reação deles é porque não teriam voto para competir nessa eleição”.
Ricardo Mota
cada minuto