O Dia da educação é comemorado anualmente, sempre no dia 28 de abril. Mas, como na maioria dos anos, o cenário educacional no país não é dos mais promissores e os índices que medem a qualidade de investimento no setor também não são motivo de comemoração.
Segundo números do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), divulgado em abril deste ano, em 2021, o valor do gasto em educação foi superior ao de 2020, mas a despesa efetivamente executada foi menor, o que significa que muitos projetos orçados nunca saíram do papel.
Em queda nos últimos cinco anos, o gasto público com educação atingiu, em 2021, o menor patamar desde 2012. Ainda segundo números do Inesc, entre 2019 e 2021, a execução de orçamento para a área diminuiu R$ 8 bilhões em termos reais. Ou seja, os gastos públicos com a educação diminuiram.
“A educação não é mais importante hoje do que ela sempre foi. A educação, ela continua sendo algo fundamental para o desenvolvimento de qualquer país. Se nós temos alguma expectativa de melhorar a desigualdade no Brasil, de melhorar a condição de vida da população brasileira, não há nenhuma dúvida de que o caminho passa pela educação”, afirma a fundadora da Rhyzos Educação, Maria Cláudia Amaro, em entrevista ao iG.
Apesar da falta de investimento do setor público, as pessoas, de uma forma geral, mantêm o interesse em se aprofundar nos estudos e se capacitar profissionalmente. Uma pesquisa realizada pela startup ‘Mobills’, a partir de dados mensais de 133 mil usuários de seu aplicativo, mostra que os brasileiros gastaram mais com estudos. Entre os meses de janeiro e fevereiro de 2021, os gastos com educação cresceram 50% em comparação com 2020.
Porém, crianças e pessoas em situação sócio-econômica precárias não têm as mesmas oportunidades de buscar a educação por conta prória, como mostra um levantamento do ‘Todos Pela Educação’. Segundo os dados, o Brasil tem o maior número de crianças de 6 a 14 anos fora da escola dos últimos seis anos.
ultimosegundo.ig.com.br