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Educação
29/04/2022 10:00:00

Sete de cada 10 alunos tem sinais de depressão ou ansiedade

Levantamento em parceria com o Instituto Ayrton Senna mostrou que a saúde mental dos alunos piorou em 2021


Sete de cada 10 alunos tem sinais de depressão ou ansiedade

Um estudo realizado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo em parceria com o Instituto Ayrton Senna revela que sete em cada dez estudantes da rede pública estadual relataram sintomas de ansiedade e depressão durante a pandemia do novo coronavírus. Isso não quer dizer que eles tenham sido dignosticados ou tenham alguma dessas condições, mas reportaram sinais que exigem alerta.

Os dados são do Mapeamento das Competências Socioemocionais do sistema de ensino do Estado, divulgado nesta sexta-feira, 1.º. De 642 mil alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio no âmbito do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) que participaram do estudo, mais de 440 mil relataram problemas relacionados à saúde mental.

Dentro deste cenário, um em cada três alunos relatou dificuldade de concentração em nível alto ou moderado. Cerca de 20% afirmaram que se sentem totalmente esgotados e sob pressão. Além disso, 18,1% dos alunos disseram perder totalmente o sono por conta das preocupações. Outros 13,6% declararam a perda de confiança em si.

As competências socioemocionais são organizadas em cinco macrocompetências: abertura ao novo, autogestão, engajamento com os outros, amabilidade e resiliência emocional. O levantamento apresentou um cenário preocupante de dois grupos ligados mais diretamente ao aprendizado: autogestão, que envolve foco, determinação, organização, persistência e responsabilidade e amabilidade, que inclui empatia, respeito e confiança.

 

"São duas competências fundamentais à aprendizagem e ao clima escolar, pois estão relacionadas à capacidade do estudante em ser persistente, determinado e também mais propenso a um convívio social harmonioso", disse o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares. 

Os dados revelam que em relação ao último levantamento feito em 2019, antes da pandemia, houve piora em todas as competências avaliadas, entre elas, curiosidade para aprender, responsabilidade, empatia, determinação e respeito.

"As perdas socioemocionais se agravaram mais na pandemia, algo que já esperávamos. Em 2021, mais estudantes se consideraram pouco capazes no exercício de todas as competências socioemocionais relevantes para o aprendizado que em 2019. A falta da escola piorou essa situação", afirmou o secretário.

Conforme Rossieli, em 2019, 37,8% dos jovens disseram que não tinham a competência classificada como 'curiosidade para aprender'. "Esse número subiu para 43,8% dizendo que não tem esse interesse", disse.

Terra


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